O que diz o relatório 'Planeta Vivo' da WWF
Paris, 30 Out 2018 (AFP) - O Fundo Mundial para a Naturaleza (WWF) foi fundado em 1961, após a redução acelerada de animais na Terra. A seguir, algumas conclusões do último relatório "Planeta Vivo", do qual participaram 50 especialistas e que também é baseado em grandes estudos científicos publicados sobre o tema.
Redução de indivíduosDe 1970 a 2014, o número de vertebrados selvagens - mamíferos, peixes, aves, répteis e anfíbios - caiu 60%. A redução dos animais de água doce foi de 83%, devido à superexploração, as vezes involuntária, como é o casos dos botos (capturados acidentalmente na redes), e à perda de habitats.
Globalmente, a degradação dos habitats representa a maior ameaça.
O relatório é baseado no acompanhamento de mais de 16.700 populações de 4 mil espécies, utilizando câmeras, análise de pegadas, programas de investigação e ciências participativas.
Um exemplo: a população de elefantes da região de Selous-Mikumi, na Tanzânia, caiu em 66% entre 2009 e 2014. Desde 1976, perdeu 86%, principalmente devido à caça ilegal.
Perda de espéciesO índice de extinção mostra uma forte aceleração para cinco grandes grupos: aves, mamíferos, anfíbios, corais e cycadales, uma família de plantas antigas.
De maneira geral, a taxa de extinção das espécies é de 100 a 1.000 vezes superior a que era há alguns séculos, antes de as atividades humanas começarem a alterar a biologia e a química terrestres. O que para os cientistas, significa que está ocorrendo uma extinção em massa, a sexta em apenas 500 milhões de anos.
LimitesEm 2009, os pesquisadores mediram o impacto das necessidades crescentes da humanidade nos "sistemas terrestres". Estes últimos têm um umbral crítico acima do qual o mundo entra em um território perigoso. Para o clima, este umbral é +1,5ºC de aquecimento sobre o nível pré-industrial.
Neste momento, já se cruzaram outros dois "limites planetários", com as perdas de espécies e o desequilíbrio dos ciclos de nitrogênio e de fósforo (resultado do uso de fertilizantes e da pecuária intensiva).
Para a degradação dos solos foi declarado o alerta vermelho. A acidificação dos oceanos e das reservas de água doce não estão longe disto.
Em relação aos contaminantes químicos, incluindo interruptores endócrinos, metais pesados e plásticos, ainda não se sabe qual é o umbral crítico.
As tecnologias e uma melhor gestão dos solos melhoraram ligeiramente a capacidade de renovação dos ecossistemas, assinala a WWF, mas isto não compensou a marca ecológica do homem, três vezes mais intensa que há 50 anos.
Matas em decliveQuase 20% da selva amazônica, a maior do mundo, desapareceu em 50 anos. No planeta, os bosques tropicais seguem minguando, principalmente diante da pressão dos produtores de soja, óleo de palma e da pecuária.
Entre 2000 e 2014, o mundo perdeu 920.000 km2 de matas virgens, uma superfície similar a de França e Alemanha juntas. Este ritmo cresceu 20% de 2014 a 2016 em relação aos 15 anos precedentes.
Oceanos esgotados Desde 1950, mais de 6.000 milhões de toneladas de marisco foram retiradas e diante do esgotamento das reservas, tem baixado desde 1996.
Redução de indivíduosDe 1970 a 2014, o número de vertebrados selvagens - mamíferos, peixes, aves, répteis e anfíbios - caiu 60%. A redução dos animais de água doce foi de 83%, devido à superexploração, as vezes involuntária, como é o casos dos botos (capturados acidentalmente na redes), e à perda de habitats.
Globalmente, a degradação dos habitats representa a maior ameaça.
O relatório é baseado no acompanhamento de mais de 16.700 populações de 4 mil espécies, utilizando câmeras, análise de pegadas, programas de investigação e ciências participativas.
Um exemplo: a população de elefantes da região de Selous-Mikumi, na Tanzânia, caiu em 66% entre 2009 e 2014. Desde 1976, perdeu 86%, principalmente devido à caça ilegal.
Perda de espéciesO índice de extinção mostra uma forte aceleração para cinco grandes grupos: aves, mamíferos, anfíbios, corais e cycadales, uma família de plantas antigas.
De maneira geral, a taxa de extinção das espécies é de 100 a 1.000 vezes superior a que era há alguns séculos, antes de as atividades humanas começarem a alterar a biologia e a química terrestres. O que para os cientistas, significa que está ocorrendo uma extinção em massa, a sexta em apenas 500 milhões de anos.
LimitesEm 2009, os pesquisadores mediram o impacto das necessidades crescentes da humanidade nos "sistemas terrestres". Estes últimos têm um umbral crítico acima do qual o mundo entra em um território perigoso. Para o clima, este umbral é +1,5ºC de aquecimento sobre o nível pré-industrial.
Neste momento, já se cruzaram outros dois "limites planetários", com as perdas de espécies e o desequilíbrio dos ciclos de nitrogênio e de fósforo (resultado do uso de fertilizantes e da pecuária intensiva).
Para a degradação dos solos foi declarado o alerta vermelho. A acidificação dos oceanos e das reservas de água doce não estão longe disto.
Em relação aos contaminantes químicos, incluindo interruptores endócrinos, metais pesados e plásticos, ainda não se sabe qual é o umbral crítico.
As tecnologias e uma melhor gestão dos solos melhoraram ligeiramente a capacidade de renovação dos ecossistemas, assinala a WWF, mas isto não compensou a marca ecológica do homem, três vezes mais intensa que há 50 anos.
Matas em decliveQuase 20% da selva amazônica, a maior do mundo, desapareceu em 50 anos. No planeta, os bosques tropicais seguem minguando, principalmente diante da pressão dos produtores de soja, óleo de palma e da pecuária.
Entre 2000 e 2014, o mundo perdeu 920.000 km2 de matas virgens, uma superfície similar a de França e Alemanha juntas. Este ritmo cresceu 20% de 2014 a 2016 em relação aos 15 anos precedentes.
Oceanos esgotados Desde 1950, mais de 6.000 milhões de toneladas de marisco foram retiradas e diante do esgotamento das reservas, tem baixado desde 1996.
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