Críticas à Inteligência britânica por atentado após show de Ariana Grande
Londres, 22 Nov 2018 (AFP) - Deputados que investigam os atentados terroristas que abalaram o Reino Unido em 2017 afirmaram nesta quinta-feira (24) que os serviços de Inteligência interna, o MI5, não aproveitaram oportunidades fundamentais para impedir o ataque ao fim do show de Ariana Grande na Manchester Arena.
O comitê parlamentar sobre Inteligência e Segurança, cuja missão é acompanhar o trabalho do governo nesses temas, também acusou os "fornecedores de serviços de comunicação" de dar um "refúgio seguro" aos terroristas, em uma aparente referência à criptografia das mensagens que impede a vigilância pelas autoridades.
Também afirmaram que ignoraram as suas recomendações anteriores baseados em erros de segurança prévios.
Em 2017, o Reino Unido foi palco de cinco atentados terroristas: em Westminster, na London Bridge, no Finsbury Park e na estação de metrô Parsons Green em Londres, e no estádio de Manchester onde a artista americana se apresentava.
Este último atentado, executado por Salman Abedi, um britânico de 22 anos e de origem líbia, deixou 22 mortos quando os espectadores saíam do show de Ariana Grande.
No total, 36 pessoas morreram nos atentados desse ano no país.
Em um relatório publicado nesta quinta-feira (22), os membros do comitê parlamentar afirmaram que o MI5 agiu devagar demais quando o perfil suspeito de Abedi foi assinalado, e desconsiderou incluí-lo em um programa preventivo de para reverter a radicalização.
Abedi visitou um extremista na prisão em mais de uma ocasião, mas nem o MI5 nem a polícia tomaram medidas.
Assim, o MI5 não impôs restrições de viagem a ele, ou o vigou, o que lhe permitiu retornar à Líbia sem ser detectado pouco antes do atentado.
"Houve várias falhas no tratamento do caso de Salman Abedi e, embora seja impossível dizer se estas teriam impedido o devastador atentado de 22 de maio, concluímos que, como resultado dessas falhas, desperdiçaram possíveis oportunidades de evitá-lo", escreveu o comitê.
A polícia antiterrorista britânica reagiu afirmando que estudará as conclusões do relatório "com muita atenção".
"Estamos profundamente determinados a aprender para melhorar a nossa resposta a uma ameaça que evoluiu", acrescentou.
- 'Desesperadamente obsoleto' -O comitê identificou 12 "problemas transversais" que tiveram um papel em ao menos dois dos atentados.
Assim, por exemplo, "o sistema para regular e informar sobre a compra de materiais usados para fabricar explosivos estava desesperadamente obsoleto", criticou o relatório, acrescentando que isto facilitou a realização dos atentados.
Também lamenta que não tenham ouvido seus alertas prévios aos "fornecedores de serviços de comunicação" para que corrigissem as fissuras.
O comitê assinala, assim, que há quatro anos concluiu que essas empresas não estavam impedindo que seus sistemas de comunicação "fossem usados como como refúgio seguro por extremistas e terroristas".
"Vimos que os chamados ao sentido de responsabilidade corporativa e social não tiveram como resultado as mudanças requeridas, e, novamente, essas fissuras foram utilizadas pelos autores dos atentados de 2017", afirmaram sem mais detalhes.
Segundo o comitê, o MI5 e a polícia antiterrorista britânica querem aprender com seus erros, mas "o governo não atuou" seguindo as suas recomendações.
"As lições dos trágicos acontecimentos do ano passado devem ter agora como resultado uma ação real", enfatizaram.
A investigação parlamentar não incluiu completamente o atentado com bomba na estação londrina do metrô em Parsons Green pois o Ministério do Interior não forneceu todas as provas a tempo.
"Pelo que vimos até agora, houve falhas fundamentais na gestão desse caso", assinalou o comitê, assegurando que a "série de erros" cometida pelo ministério, pela polícia e pelas autoridades locais precisa ser revisada separadamente.
O comitê parlamentar sobre Inteligência e Segurança, cuja missão é acompanhar o trabalho do governo nesses temas, também acusou os "fornecedores de serviços de comunicação" de dar um "refúgio seguro" aos terroristas, em uma aparente referência à criptografia das mensagens que impede a vigilância pelas autoridades.
Também afirmaram que ignoraram as suas recomendações anteriores baseados em erros de segurança prévios.
Em 2017, o Reino Unido foi palco de cinco atentados terroristas: em Westminster, na London Bridge, no Finsbury Park e na estação de metrô Parsons Green em Londres, e no estádio de Manchester onde a artista americana se apresentava.
Este último atentado, executado por Salman Abedi, um britânico de 22 anos e de origem líbia, deixou 22 mortos quando os espectadores saíam do show de Ariana Grande.
No total, 36 pessoas morreram nos atentados desse ano no país.
Em um relatório publicado nesta quinta-feira (22), os membros do comitê parlamentar afirmaram que o MI5 agiu devagar demais quando o perfil suspeito de Abedi foi assinalado, e desconsiderou incluí-lo em um programa preventivo de para reverter a radicalização.
Abedi visitou um extremista na prisão em mais de uma ocasião, mas nem o MI5 nem a polícia tomaram medidas.
Assim, o MI5 não impôs restrições de viagem a ele, ou o vigou, o que lhe permitiu retornar à Líbia sem ser detectado pouco antes do atentado.
"Houve várias falhas no tratamento do caso de Salman Abedi e, embora seja impossível dizer se estas teriam impedido o devastador atentado de 22 de maio, concluímos que, como resultado dessas falhas, desperdiçaram possíveis oportunidades de evitá-lo", escreveu o comitê.
A polícia antiterrorista britânica reagiu afirmando que estudará as conclusões do relatório "com muita atenção".
"Estamos profundamente determinados a aprender para melhorar a nossa resposta a uma ameaça que evoluiu", acrescentou.
- 'Desesperadamente obsoleto' -O comitê identificou 12 "problemas transversais" que tiveram um papel em ao menos dois dos atentados.
Assim, por exemplo, "o sistema para regular e informar sobre a compra de materiais usados para fabricar explosivos estava desesperadamente obsoleto", criticou o relatório, acrescentando que isto facilitou a realização dos atentados.
Também lamenta que não tenham ouvido seus alertas prévios aos "fornecedores de serviços de comunicação" para que corrigissem as fissuras.
O comitê assinala, assim, que há quatro anos concluiu que essas empresas não estavam impedindo que seus sistemas de comunicação "fossem usados como como refúgio seguro por extremistas e terroristas".
"Vimos que os chamados ao sentido de responsabilidade corporativa e social não tiveram como resultado as mudanças requeridas, e, novamente, essas fissuras foram utilizadas pelos autores dos atentados de 2017", afirmaram sem mais detalhes.
Segundo o comitê, o MI5 e a polícia antiterrorista britânica querem aprender com seus erros, mas "o governo não atuou" seguindo as suas recomendações.
"As lições dos trágicos acontecimentos do ano passado devem ter agora como resultado uma ação real", enfatizaram.
A investigação parlamentar não incluiu completamente o atentado com bomba na estação londrina do metrô em Parsons Green pois o Ministério do Interior não forneceu todas as provas a tempo.
"Pelo que vimos até agora, houve falhas fundamentais na gestão desse caso", assinalou o comitê, assegurando que a "série de erros" cometida pelo ministério, pela polícia e pelas autoridades locais precisa ser revisada separadamente.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.