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Imprensa chinesa denuncia 'ingerência política' após saída de embaixador do Canadá

28/01/2019 08h19

Pequim, 28 Jan 2019 (AFP) - A imprensa oficial chinesa classificou, nesta segunda-feira (28), de "ingerência política" a demissão do embaixador do Canadá em Pequim a pedido do primeiro-ministro Justin Trudeau, no caso da executiva chinesa detida.

Na semana passada, o embaixador John McCallum disse à imprensa que a defesa de Meng Wanzhou, executiva da Huawei, tinha um "caso muito sólido" para se opor à sua extradição.

Ele citou ainda vários fatos que, segundo ele, eram favoráveis para a cidadã chinesa, entre eles, o "envolvimento político" do presidente americano, Donald Trump, no caso.

Meng Wanzhou, uma executiva da companhia chinesa e filha de seu fundador, foi detida em 1º de dezembro em Vancouver, a pedido da Justiça americana que pede sua extradição.

Acusada de burlar as sanções americanas contra o Irã, ela se encontra agora em liberdade condicional, mas sua detenção deflagrou uma crise diplomática sem precedentes em Ottawa e Pequim.

A demissão de McCallum "revela a ingerência política" há tempos denunciada por Pequim neste caso, considerou o jornal Global Times em seu editorial.

"Estavam a par da geopolítica que cerca o caso desde o começo", afirmou o jornal.

Os Estados Unidos têm até 30 de janeiro para transmitir oficialmente um pedido de extradição às autoridades canadenses.

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