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Chelsea Manning não colaborará com investigação sobre Assange

Chelsea Manning, ex-analista militar - Axel Schmidt/Reuters
Chelsea Manning, ex-analista militar Imagem: Axel Schmidt/Reuters

De Washington

12/05/2019 16h23

A ex-analista militar americana Chelsea Manning declarou neste domingo que não tem a intenção de responder às perguntas da justiça americana sobre o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, embora essa recusa represente a possibilidade de voltar à prisão.

Manning, que já ficou presa entre 2010 e 2017 por ter entregue de 750.000 documentos diplomáticos e militares ao WikiLeaks, foi encarcerada novamente no dia 8 de março por se negar a depor para um grande júri que investiga Assange.

Na quinta-feira, ela deixou a prisão depois de ter expirado o mandato do grande júri que queria interrogá-la, entretanto, ela recebeu uma nova intimação judicial para 15 de maio.

Na justiça americana os grandes júris, coletivos de cidadãos escolhidos por sorteio, são encarregados de investigar com alta confidencialidade assuntos penais federais considerados de maior gravidade.

Um novo júri foi escolhido para dar continuidade à investigação sobre Assange.

"Me comunicaram que queriam me fazer as mesmas perguntas (...) Vou me negar a responder", disse neste domingo ao canal de notícias CNN. "Não tenho nada novo que dizer" e "não gosto do sigilo que cerca os grandes júris", afirmou.

Manning acredita, contudo, que evitará uma nova prisão. "Temos um dossiê mais sólido em matéria de objeções legais" do que na última vez, disse a ex-militar, que quando foi preso se chamava Bradley e começou a transição para o sexo feminino na prisão.

chp/elm/gma/cc