Companhias chinesas processam Boeing pelos 737 MAX
Xangai, 24 Mai 2019 (AFP) - A associação chinesa de transportadoras aéreas declarou, nesta sexta-feira (24), que ajudará 13 de suas companhias afiliadas a exigir indenizações à americana Boeing, estimando em 520 milhões de euros as perdas gerais pela proibição de voo de seus 737 MAX.
A China foi o primeiro país do mundo a ordenar às transportadoras, em 11 de março, que suspendessem os voos desse tipo de aparelho do fabricante americano, após dois acidentes envolvendo esse modelo.
Na véspera, um 737 MAX da Ethiopian Airlines havia caído depois de decolar de Adis Abeba, deixando 157 mortos. Cinco meses antes, outro acidente de um mesmo modelo da indonésia Lion Air deixou 189 mortos.
"À medida que o tempo passa, as perdas (das companhias aéreas) vão crescer", alega a Associação Chinesa de Transporte Aéreo (Cata), em um comunicado.
Até o final de junho, o setor chinês de transporte aéreo terá acumulado perdas estimadas em 4 bilhões de iuanes (520 milhões de euros), segundo a associação.
De acordo com o último balanço oficial, estas 13 companhias aéreas chinesas mantiveram em terra um total de 96 Boeings 737 MAX 8.
Esta semana, as três principais companhias aéreas chinesas - China Southern, China Eastern e Air China - já haviam anunciado seus pedidos de indenização à Boeing.
A Boeing ainda não havia tinha apresentado, oficialmente, a atualização do sistema de estabilização MCAS. O defeito foi apontado como a causa do acidente da Ethiopian Airlines, em 10 de março, e da Lion Air, em 29 de outubro, na Indonésia, anunciou esta semana o diretor interino da Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), Dan Elwell.
Na semana passada, o fabricante havia afirmado que a correção estava pronta para ser certificada.
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