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Aos 46 anos do golpe de Pinochet, grande marcha lembra suas vítimas

8.set.2019 - Manifestantes mostram fotos de desaparecidos durante a ditadura no Chile em protesto contra o regime de Pinochet - Martin Bernetti/AFP
8.set.2019 - Manifestantes mostram fotos de desaparecidos durante a ditadura no Chile em protesto contra o regime de Pinochet Imagem: Martin Bernetti/AFP

Em Santiago

08/09/2019 15h23

Quando se comemoram 46 anos do golpe de Estado que instaurou a ditadura de Augusto Pinochet, sua figura segue dividindo os chilenos. Neste domingo (8), uma grande marcha em memória de suas vítimas terminou em confrontos com a polícia.

Manifestantes encapuzados, com pedras e paus, entraram em confronto com agentes das forças especiais, que aguardaram o avanço da multidão pelo centro de Santiago até chegar ao memorial no Cemitério Geral das mais de 3.000 vítimas - entre mortos e desaparecidos - que deixou a ditadura chilena (1973 - 1990).

A polícia prendeu vários manifestantes no local.

"Marchamos com a convicção de que no Chile ainda não há verdade ou justiça total", disse Marco Barraza, membro do Partido Comunista chileno.

A marcha deste domingo começou na praça Los Heroes, no centro de Santiago, e avançou pacificamente por várias ruas em direção ao cemitério. Os manifestantes levaram cravos vermelhos e fotografias de parentes executados ou desaparecidos.

8.set.2019 - Manifestantes e policiais entraram em confronto após o protesto contra o regime de Pinochet - Martin Bernetti/AFP - Martin Bernetti/AFP
8.set.2019 - Manifestantes e policiais entraram em confronto após o protesto contra o regime de Pinochet
Imagem: Martin Bernetti/AFP