Presidente do Chile rechaça "alusão" de Bolsonaro ao pai de Bachelet
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, rejeitou hoje a alusão feita por Jair Bolsonaro sobre o pai da ex-presidente chilena e alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que morreu torturado durante a ditadura de Agusto Pinochet.
"Não compartilho a alusão feita pelo presidente Bolsonaro a uma ex-presidente do Chile e, especialmente, num assunto tão doloroso quanto a morte de seu pai", disse Piñera em comunicado público no Palácio do Governo.
"É de público conhecimento meu permanente compromisso com a democracia, a liberdade e o respeito aos direitos humanos em todo o tempo, em todo lugar e em toda circunstância", disse o chileno.
Em resposta a crítica feita por Bachelet, que disse que o Brasil sofre uma "redução do espaço democrático", especialmente com ataques contra defensores da natureza e dos direitos humanos, Bolsonaro atacou a alta comissária.
"Michelle Bachelet, seguindo a linha de Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares", escreveu o presidente nas redes sociais.
"Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época", acrescentou Bolsonaro.
Piñera esteve no Brasil e se encontrou com Bolsonaro há exatamente uma semana, no dia 28. Na ocasião, à imprensa, os dois presidentes reforçaram a soberania do Brasil sobre a Amazônia, com Piñera elogiando o trabalho do governo brasileiro no combate aos incêndios florestais.
(Com informações da AFP)
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