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Primeiro-ministro da Austrália minimiza conversa com Trump sobre investigação

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison  - Saeed Khan/AFP
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison Imagem: Saeed Khan/AFP

Em Sydney

02/10/2019 06h07

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, minimizou hoje a importância de sua conversa por telefone com o presidente americano Donald Trump, que chamou de "monótona", apesar de ter provocado uma tempestade política nos Estados Unidos.

Morrison afirmou que Trump pediu apenas para estabelecer um "ponto de contato" com o governo australiano para que participasse em uma investigação com a qual o presidente americano busca desacreditar a ideia de que a Rússia teria ajudado em sua campanha eleitoral de 2016.

Morrison disse que ficou "feliz" em atender o pedido de Trump e que o embaixador australiano nos Estados Unidos, Joe Hockey, já havia oferecido a ajuda do país na investigação em maio.

"Foi uma conversa bastante monótona", disse Morrison ao canal Sky News.

"Nós falamos que estávamos preparados para ajudar e cooperar nessa investigação, o que não é incomum. Washington é um aliado significativo - de fato, o nosso aliado mais significativo - e estamos acostumados a compartilhar muitas informações", completou.

Morrison não explicou, no entanto, se a Austrália forneceu informações e disse que o processo está nas mãos dos funcionários do governo.

"A Austrália nunca faria nada contrário ao nosso interesse nacional. Seria, francamente, mais surpreendente se tivéssemos decidido não cooperar", declarou.

Trump afirmou diversas vezes, sem provas, que as investigações do FBI sobre a suposta interferência russa nas eleições de 2016 seriam obra do que ele chama de "deep state" ("estado profundo"), favorável ao Partido Democrata.