Austrália confirma que Trump pediu ajuda relacionada à interferência russa
O governo da Austrália confirmou nesta terça-feira (data local) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou em contato com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, para pedir informações relacionadas à investigação sobre a suposta interferência russa nas últimas eleições americanas.
Uma porta-voz do governo da Austrália confirmou à Agência Efe que a conversa por telefone realmente aconteceu, mas não deu detalhes sobre a data nem o conteúdo da ligação.
"O governo australiano sempre esteve disposto a ajudar e cooperar com os esforços que ajudem a esclarecer assuntos que são investigados. O primeiro-ministro confirmou esta disposição mais uma vez em uma conversa com o presidente", se limitou a dizer a porta-voz.
Segundo a emissora australiana "ABC", a conversa entre Trump e Morrison aconteceu antes da visita do premiê australiano aos EUA, onde se reuniu com o presidente americano em Washington e Ohio, nos dias 21 e 22 de setembro.
De acordo com o jornal "The New York Times", Trump pressionou Morrison em uma recente ligação telefônica para tentar obter informações que desacreditem a investigação sobre a suposta interferência russa nas últimas eleições americanas.
Trump pediu a Morrison que ajude nesta missão o procurador-geral dos EUA, William Barr, que iniciou neste ano uma revisão da investigação da suposta interferência russa para tentar determinar se as forças de segurança ou os serviços de inteligência agiram de maneira inadequada.
As informações foram reveladas por dois funcionários americanos com conhecimento sobre a ligação. Segundo eles, a Casa Branca restringiu a um pequeno grupo o acesso à comunicação entre ambos os líderes, assim como fez com a polêmica ligação entre Trump e o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski, em julho, que provocou a abertura de um processo de impeachment contra o republicano.
Na conversa com Morrison também se destaca o fato de Trump considerar o procurador-geral um de seus principais aliados para desacreditar a investigação das eleições passadas, iniciada pelo ex-procurador especial Robert Mueller. O Departamento de Justiça deveria operar a investigação com independência do poder Executivo.
A investigação sobre a suposta interferência russa nas eleições americanas começou após um funcionário da campanha de Trump revelar o incidente para um diplomata australiano em Londres.
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