Merkel não compartilha da visão "radical" de Macron sobre OTAN
A primeira-ministra alemã Angela Merkel rejeitou nesta quinta-feira as declarações do presidente francês Emmanuel Macron sobre a "morte encefálica" da OTAN, opinião que considera muito radical.
"Não acho que opiniões tão radicais sejam necessárias, mesmo que tenhamos problemas e precisemos reunir forças", disse Merkel em entrevista coletiva com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.
Ele, por outro lado, estimou que a OTAN permanece "forte" e destacou que os Estados Unidos e a Europa atualmente "trabalham juntos, mais do que temos feito há décadas".
Macron denunciou, em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo semanário The Economist, "a morte cerebral da OTAN". Lamenta, acima de tudo, a falta de coordenação entre os EUA e a Europa, assim como o comportamento unilateral da Turquia, membro da Aliança Atlântica, na Síria.
É necessário "esclarecer agora quais são os objetivos estratégicos da OTAN", afirma Macron, novamente defendendo o "fortalecimento" da defesa europeia, apenas um mês antes da cúpula da OTAN, marcada para o início de dezembro em Londres.
O chefe do Estado francês se pergunta, em particular, sobre o futuro do artigo 5 do Tratado Atlântico, que estabelece solidariedade militar entre os membros da Aliança se um deles for atacado.
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