Bachelet denuncia 'brutalidade policial' contra manifestantes
Londres, 19 Nov 2019 (AFP) - A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, denunciou nesta terça-feira, em Londres, a "brutalidade policial" utilizada em alguns países para reprimir protestos contra a "desigualdade" social, e pediu que os líderes "escutem as críticas".
Citando países como o Chile (que presidiu em 2006-2010 e 2014-2018), Brasil, Argentina, Bolívia, Equador, França, Hong Kong, Líbano, Rússia e Espanha, Bachelet destacou a multiplicação este ano dos protestos nas ruas.
"Isto sugere que um movimento muito amplo está em andamento e que há uma falha fundamental na política e na economia contemporâneas", afirmou Bachelet, atribuindo as manifestações à crescente "desigualdade" econômica e social e à "percepção de um déficit democrático".
A Alta Comissária lamentou que "na maioria destes protestos" a resposta inicial se concentra na ação policial.
Os governos preferem "sufocar os protestos no lugar de escutar o que os manifestantes têm a dizer, e em muitos casos isto levou a acusações de excessos e até do uso letal da força por parte da polícia".
A "brutalidade policial" contra quem "reclama pacificamente seus direitos humanos ou manifesta suas opiniões críticas constitui uma violação dos direitos humanos, e ao aumentar a tensão se dificulta uma saída sustentável para a crise".
A ex-líder socialista considerou ainda que as sanções impostas à Venezuela "estão criando problemas adicionais" devido à sua excessiva aplicação.
Segundo Bachelet, alguns bancos europeus estão evitando doar dinheiro a ONGs e hospitais venezuelanos por temor de violar tais sanções.
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