Morre na Espanha, por covid-19, policial acusado de tortura no regime franquista
O ex-policial Antonio González Pacheco, acusado de cometer torturas durante o franquismo, faleceu nesta quinta-feira, aos 74 anos, pelo novo coronavírus - informou a imprensa espanhola.
Investigado pela Justiça argentina em um caso sobre crimes do franquismo, González Pacheco, conhecido como "Billy el Niño", morreu na madrugada desta quinta-feira em um hospital de Madri, noticiou o jornal "País", citando fontes policiais.
Consultados pela AFP, tanto a polícia quanto o Ministério do Interior disseram não poder confirmar a informação.
O fato de que o ex-policial tenha morrido sem nunca ter sido julgado é uma "vergonha para a democracia", reagiu o vice-presidente do governo, Pablo Iglesias.
"A morte do torturador González Pacheco sem ter sido julgado, com suas medalhas e privilégios intactos, é uma vergonha para a democracia e também para nós como governo", tuitou Pablo Iglesias.
"Peço perdão às suas vítimas, lutadores pela democracia e pela justiça", continuou Iglesias, líder da esquerda radical do Podemos, que governa em coalizão com os socialistas de Pedro Sánchez.
Segundo várias vítimas, González Pacheco, então na polícia, praticou tortura no fim da ditadura de Francisco Franco (1939-1975).
As denúncias nunca foram adiante na Justiça, que se amparou em uma Lei de Anistia de 1977 promulgada durante a transição para a democracia.
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