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Filho de Joe Biden anuncia ser alvo de investigação fiscal

20.ago.2020 - Hunter Biden faz discurso online durante convenção nacional do partido Democrata - Reprodução/Convenção do Partido Democrata
20.ago.2020 - Hunter Biden faz discurso online durante convenção nacional do partido Democrata Imagem: Reprodução/Convenção do Partido Democrata

09/12/2020 21h58

Wilmington, Estados Unidos, 10 dez 2020 (AFP) - Hunter Biden, filho do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (9) que é alvo de uma investigação federal no estado de Delaware sobre sua situação fiscal.

"Levo isso muito a sério e confio que uma avaliação profissional e objetiva mostrará que tratei de meus negócios de maneira legal e adequada", disse em um comunicado.

Durante a campanha eleitoral, o presidente em fim de mandato, Donald Trump, acusou a família Biden de ser uma "empresa criminosa", citando particularmente os negócios de Hunter Biden na Ucrânia e na China quando seu pai era vice-presidente de Barack Obama, entre 2009 e 2017.

O presidente republicano acusa Joe Biden de ter conseguido a destituição de um promotor ucraniano para proteger uma empresa de gás investigada por corrupção chamada Burisma, da qual seu filho Hunter era membro do conselho de administração.

Hunter, de 50 anos, é um advogado que fundou empresas de consultoria e investimento, trabalhou com capital privado e atuou nos conselhos de várias organizações, incluindo a companhia ferroviária nacional Amtrak.

O segundo filho de Biden nasceu em Wilmington, Delaware, onde seu pai vive e onde está baseada a operação de transição presidencial. Seu irmão Beau Biden, ex-procurador-geral de Delaware, morreu de câncer em 2015.

Na mesma nota, a equipe de transição de Biden afirmou que o presidente eleito "está extremamente orgulhoso de seu filho, que precisou enfrentar desafios terríveis, incluindo ataques pessoas vis nos últimos meses, apenas para sair mais forte".

A investigação foi revelada apenas cinco dias antes de o Colégio Eleitoral eleger oficialmente Joe Biden como o próximo presidente, após a votação de 3 de novembro em que ele derrotou Trump.

Desde 2019, o presidente e seus aliados republicanos têm Hunter como alvo por seus negócios com a Ucrânia e a China. Houve ainda relatos não confirmados de que o computador de Hunter, deixado em uma loja de consertos de Delaware, tinha informações incriminatórias.

O jornal "New York Post" noticiou em outubro que o FBI apreendeu o computador em dezembro de 2019. Nenhuma evidência de irregularidades, porém, veio a público.

Alguns congressistas republicanos pediram esta semana ao procurador-geral dos EUA, Bill Barr, para lançar uma investigação independente sobre Hunter Biden antes que Joe Biden tome posse em 20 de janeiro.

No passado, Hunter reconheceu sua luta contra o vício em álcool e drogas.