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OMS lamenta que 10 países concentrem 95% das vacinas contra covid-19

Países com mais vacinas seriam os Estados Unidos, China, Reino Unido, Israel, Emirados Árabes Unidos, Itália, Rússia, Alemanha, Espanha e Canadá - iStock
Países com mais vacinas seriam os Estados Unidos, China, Reino Unido, Israel, Emirados Árabes Unidos, Itália, Rússia, Alemanha, Espanha e Canadá Imagem: iStock

14/01/2021 12h39Atualizada em 14/01/2021 13h09

Copenhaga, 14 Jan 2021 (AFP) - A Europa precisa ser solidária com as vacinas, considerando que até agora 95% das doses foram usadas em 10 países, pediu a direção regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (14).

É preciso que "todos os países capazes de contribuir, dar e apoiar o acesso e a administração justos das vacinas, o façam", afirmou o diretor para a região Europa da OMS, Hans Kluge, em coletiva de imprensa online.

Ele destacou os "enormes" esforços da organização e seus sócios para que cada país obtenha os produtos.

Segundo ele, 95% das vacinas contra a covid-19 administradas no mundo foram usadas em 10 países, os quais não especificou.

Segundo o site de análise de dados Our world in data, são Estados Unidos, China, Reino Unido, Israel, Emirados Árabes Unidos, Itália, Rússia, Alemanha, Espanha e Canadá.

Em pouco mais de um mês, cerca de 28 milhões de doses foram injetadas em 46 países, declarou na quarta-feira o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.

No entanto, apesar do início das campanhas de vacinação, a rapidez da propagação das novas cepas do vírus, especialmente as detectadas no Reino Unido e África do Sul, gera preocupação.

"A situação é alarmante", confirmou Kluge.

Na região Europa, 25 países, entre eles Rússia, detectaram casos relacionados à nova cepa VOC 202012/01.

"Com uma transmissibilidade maior e uma gravidade da doença semelhante, a variante gera preocupação: sem um maior controle para frear a propagação, haverá um maior impacto nos centros de saúde, quase lotados e sob pressão", explicou.

Mas, para Kluge é importante manter-se otimista.

"2021 será outro ano de coronavírus, mas será um ano mais previsível, a situação será mais fácil de controlar", afirmou.