Estado Islâmico reivindica ataque que matou 33 soldados no Mali
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) assumiu, neste domingo (21), a responsabilidade por um ataque contra o Exército do Mali, que matou 33 soldados em 15 de março.
"Combatentes do EI emboscaram na segunda-feira passada um comboio do Exército do Mali (...) atacando-o com diferentes tipos de armas", afirma um comunicado da Amaq, a agência de propaganda dos extremistas.
O ataque ocorreu contra um posto em Tessit, no nordeste do Mali, emboscado por cem homens a bordo de SUVs e motocicletas, conforme relatado pelo Exército nas redes sociais.
Vinte jihadistas foram encontrados mortos, segundo o Estado-Maior.
O ataque ocorreu perto das fronteiras de Burkina Faso e Níger, na área conhecida como "três fronteiras".
Nesse mesmo dia, cerca de 100 km mais ao sul, 58 pessoas foram mortas no Níger em ataques atribuídos a jihadistas contra civis que voltavam do mercado e contra uma aldeia.
Desde 2012 e a eclosão de rebeliões separatistas e, posteriormente, movimentos jihadistas no norte, o Mali mergulhou em uma espiral violenta que deixou milhares de civis e combatentes mortos e centenas de milhares desabrigados.
E isso apesar do apoio da comunidade internacional e da intervenção da ONU, com forças africanas e francesas.
A crise se espalhou para Burkina Faso e Níger.
Essa região, palco de ações mortíferas de grupos filiados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, é alvo, desde janeiro de 2020, de um grande esforço militar da força francesa Barkhane e seus parceiros no Sahel, em especial contra a organização do Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).
A França afirma ter infligido grandes reveses ao EIGS, bem como à Al-Qaeda e seus grupos afiliados, também ativos no Sahel.
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