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Estado Islâmico reivindica ataque que matou 33 soldados no Mali

Caixões cobertos com a bandeira dos soldados do Mali durante uma cerimônia de honra na sede do exército em Kati, no dia 6 de setembro de 2020 - REUTERS
Caixões cobertos com a bandeira dos soldados do Mali durante uma cerimônia de honra na sede do exército em Kati, no dia 6 de setembro de 2020 Imagem: REUTERS

Da AFP, em Beirute

21/03/2021 12h54

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) assumiu, neste domingo (21), a responsabilidade por um ataque contra o Exército do Mali, que matou 33 soldados em 15 de março.

"Combatentes do EI emboscaram na segunda-feira passada um comboio do Exército do Mali (...) atacando-o com diferentes tipos de armas", afirma um comunicado da Amaq, a agência de propaganda dos extremistas.

O ataque ocorreu contra um posto em Tessit, no nordeste do Mali, emboscado por cem homens a bordo de SUVs e motocicletas, conforme relatado pelo Exército nas redes sociais.

Vinte jihadistas foram encontrados mortos, segundo o Estado-Maior.

O ataque ocorreu perto das fronteiras de Burkina Faso e Níger, na área conhecida como "três fronteiras".

Nesse mesmo dia, cerca de 100 km mais ao sul, 58 pessoas foram mortas no Níger em ataques atribuídos a jihadistas contra civis que voltavam do mercado e contra uma aldeia.

Desde 2012 e a eclosão de rebeliões separatistas e, posteriormente, movimentos jihadistas no norte, o Mali mergulhou em uma espiral violenta que deixou milhares de civis e combatentes mortos e centenas de milhares desabrigados.

E isso apesar do apoio da comunidade internacional e da intervenção da ONU, com forças africanas e francesas.

A crise se espalhou para Burkina Faso e Níger.

Essa região, palco de ações mortíferas de grupos filiados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, é alvo, desde janeiro de 2020, de um grande esforço militar da força francesa Barkhane e seus parceiros no Sahel, em especial contra a organização do Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).

A França afirma ter infligido grandes reveses ao EIGS, bem como à Al-Qaeda e seus grupos afiliados, também ativos no Sahel.