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Chile obtém outro 1,8 milhão de doses da vacina anticovid da chinesa CanSino

30/03/2021 16h37

Santiago, 30 Mar 2021 (AFP) - O Chile anunciou nesta terça-feira (30) que receberá 1,8 milhão de doses da vacina contra a covid-19 do laboratório chinês CanSino, além dos 35 milhões que o governo já acertou com outras empresas para avançar seu amplo processo de imunização.

"Esta é uma vacina sino-canadense baseada na tecnologia de adenovírus humano e tem uma particularidade: requer uma dose única", afirmou o presidente Sebastián Piñera, especificando que o 1,8 milhão de doses chegará entre maio e junho.

O anúncio do presidente ocorre em meio a um repique de casos no Chile, que ocorre em paralelo ao rápido andamento de sua campanha de vacinação.

As vacinas da CanSino se somarão às mais de 35 milhões que o governo chileno já havia acordado com outras farmacêuticas: principalmente a americana Pfizer e a chinesa Sinovac, além da AstraZeneca, Johnson & Johnson e as da aliança Covax, promovida pela Organização Mundial da Saúde.

Até esta terça-feira, o Chile havia recebido 13.255.551 doses de vacinas: 11,9 milhões da Sinovac e 1,2 milhão da Pzifer, com as quais 6.434.467 pessoas foram vacinadas com ao menos uma dose, o equivalente a 41,93% da população principal a ser vacinada (15,2 milhões além dos 19 milhões de habitantes do país).

Enquanto se aguarda a chegada do restante das vacinas prometidas, o governo espera que as doses de CanSino "fortaleçam e acelerem" seu programa de vacinação em massa e "assim cheguem às gerações mais jovens mais rapidamente", que ainda precisam ser vacinadas, afirmou Piñera.

No Chile, estão sendo realizados testes clínicos da vacina CanSino, mas sua aprovação pelo Instituto de Saúde Pública ainda está pendente.

De acordo com os dados fornecidos pelo governo chileno sobre esta vacina, "nos primeiros resultados aplicados, alcançou-se eficácia em 65,7% nos casos assintomáticos e 90,98% nos casos graves".

O forte repique do coronavírus no Chile ameaça colapsar a capacidade hospitalar do país e forçou o governo a colocar em quarentena mais de 16 dos 19 milhões de habitantes do país.

Também levou o presidente Piñera a propor uma reforma para adiar por cinco semanas as eleições de constituintes, prefeitos, vereadores e governadores, marcadas para 10 e 11 de abril.

"Esse grave surto, esse reinvestida do coronavírus, está afetando o Chile e o mundo inteiro", acrescentou Piñera.

A meta do governo é completar a vacinação da população-alvo durante o primeiro semestre deste ano.

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