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Rússia rebate acusação americana de ataque hacker a oleoduto

Biden não acusou diretamente o Kremlin, comandado por Vladimir Putin (foto), mas gerou reação da embaixada da Rússia nos Estados Unidos - ALEXEY NIKOLSKY/AFP
Biden não acusou diretamente o Kremlin, comandado por Vladimir Putin (foto), mas gerou reação da embaixada da Rússia nos Estados Unidos Imagem: ALEXEY NIKOLSKY/AFP

11/05/2021 06h05Atualizada em 11/05/2021 06h39

A embaixada da Rússia nos Estados Unidos negou hoje qualquer participação de Moscou no ataque virtual que paralisou um dos maiores operadores de oleodutos americanos, cometido, segundo o presidente Joe Biden, por um grupo criminoso baseado em território russo.

"A Rússia não pratica atividades 'maliciosas' no ciberespaço", respondeu a embaixada russa nos Estados Unidos em sua página do Facebook, em um texto no qual denunciou as "invenções infundadas de certos jornalistas" que acusaram Moscou.

Biden não acusou diretamente o Kremlin pelo ataque, ao afirmar que "até agora" não tem provas de uma participação estatal, mas acrescentou que na medida em que o grupo atua a partir de seu território, a Rússia "tem certa responsabilidade".

"A Rússia sempre defendeu um diálogo profissional com os Estados Unidos sobre questões de segurança cibernética internacional", afirmou a embaixada.

Joe Biden atribuiu o ataque contra o Colonial Pipeline, um dos maiores distribuidores de combustível dos Estados Unidos, ao grupo Darkside, especializado em chantagem e sequestro virtuais.

Criado há um ano, Darkside sequestra os programas das empresas e exige pagamentos, que podem chegar a milhões de dólares, para devolver o controle de suas redes.

O grupo Darkside rouba dados confidenciais de suas vítimas, especialmente em países ocidentais, e ameaça divulgar as informações publicamente caso o resgate não seja pago.

Nos últimos anos, Estados Unidos e Europa acusaram a Rússia por grandes ciberataques em países ocidentais.