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Quatro opositores à junta de Mianmar morrem em confronto com polícia

Manifestantes durante repressão militar aos protestos em Yangon, em Mianmar, contra as Forças Militares - Reuters
Manifestantes durante repressão militar aos protestos em Yangon, em Mianmar, contra as Forças Militares Imagem: Reuters

Da AFP, em Yangon

22/06/2021 06h25Atualizada em 22/06/2021 06h54

Quatro oponentes da junta militar foram mortos na terça-feira (22), e vários membros das forças de segurança ficaram feridos em Miammar, em um contexto de alta tensão desde o golpe de 1º de fevereiro que derrubou Aung San Suu Kyi.

Os confrontos começaram durante uma operação do Exército e da polícia em uma casa em Mandalay, a segunda maior cidade do país.

Quatro "terroristas" morreram, e oito foram detidos em posse de minas artesanais, granadas e armas leves, disse o conselho em um comunicado.

"Membros das forças de segurança ficaram gravemente feridos", acrescentou.

Desde o golpe, que pôs fim a um período democrático de dez anos, Mianmar tem sido palco de manifestações, greves gerais que paralisaram a economia e confrontos cada vez mais importantes e letais entre o Exército e grupos étnicos rebeldes.

As forças de segurança reprimem à força a mobilização pró-democracia, e mais de 870 civis foram mortos, incluindo crianças, segundo a Associação de Ajuda aos Presos Políticos (AAPP).

Mais de 5 mil pessoas foram presas, e as ONGs denunciaram casos de execuções extrajudiciais, tortura e violência contra as mulheres.

Essa violenta repressão levou muitos oponentes da junta a formar uma "Força de Defesa do Povo" (PDF), composta por civis que enfrentam as forças de segurança com armas caseiras.

Mas essas milícias dificilmente podem rivalizar com o Exército e seus poderosos recursos.