Líderes de 16 países da UE pedem respeito dos direitos da comunidade LGBT
Em uma declaração conjunta divulgada hoje, os líderes de 16 países europeus pediram que os "direitos fundamentais" da comunidade LGBT sejam respeitados, após a adoção de uma polêmica lei na Hungria.
"Devemos continuar lutando contra a discriminação para com a comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero e Intersexuais), reafirmando nossa defesa dos direitos fundamentais. Respeito e tolerância estão no centro do projeto europeu", afirmaram os líderes, horas antes do início de uma cúpula europeia em Bruxelas.
A declaração não menciona a Hungria explicitamente, mas se refere "às ameaças aos direitos fundamentais e, em particular, ao princípio de não discriminação com base na orientação sexual".
A adoção de uma nova normativa legal na Hungria, proibindo a "promoção" da homossexualidade para menores, causou um verdadeiro escândalo na UE, após reiteradas denúncias de assédio à comunidade LGTB neste país.
A polêmica explodiu em nível continental, depois que a Uefa rejeitou um pedido para iluminar um estádio em Munique com as cores do arco-íris, antes de uma partida de futebol entre Alemanha e Hungria.
Diante dessa recusa, a prefeitura de Munique decorou seus prédios públicos com essas cores (símbolo da comunidade LGTB), em um gesto que foi seguido em várias capitais europeias na noite de ontem.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse ontem que a nova legislação húngara é "uma vergonha".
Hoje e amanhã, em Bruxelas, os líderes europeus terão uma cúpula com uma intensa agenda concentrada em temas de relações exteriores. E deve incluir a mais recente controvérsia com a Hungria, que surge como mais um assunto urgente a ser debatido.
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