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EUA podem oferecer 3ª dose de vacina contra covid-19 a partir de setembro

Dado Ruvic/Reuters
Imagem: Dado Ruvic/Reuters

18/08/2021 17h03Atualizada em 18/08/2021 20h36

Os americanos que receberam as vacinas contra a covid-19 da Pfizer e da Moderna poderão receber uma terceira dose em setembro, disseram autoridades sanitárias nesta quarta-feira (18), ressaltando que a eficácia da injeção diminui "com o tempo" e diante da ameaça da variante delta.

A partir da semana de 20 de setembro, os vacinados poderão receber a terceira dose oito meses depois de terem recebido a segunda injeção, indicou um comunicado conjunto de altos funcionários, entre eles a diretora dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDCs), Rochelle Walensky, e a diretora interina da a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês), Janet Woodcock.

Essa decisão, no entanto, depende da autorização oficial de uma dose adicional dessas duas vacinas pela Agência Federal de Drogas e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), foi esclarecido.

"Os dados disponíveis mostram claramente que a proteção contra a infecção por SARS-CoV-2 começa a declinar com o tempo, depois das primeiras doses da vacina", acrescentou a nota, também assinada pelo assessor da Casa Branca sobre a pandemia, Anthony Fauci.

"Nos preocupa que esta tendência de declínio que observamos continue nos próximos meses, o que poderia levar a uma diminuição da proteção contra casos graves de doença, hospitalizações e mortes", explicou em coletiva de imprensa o diretor médico da saúde pública dos Estados Unidos, Vivek Murphy.

Esta inquietação se aplica especialmente "às pessoas com maior risco ou as vacinadas durante a primeira fase da campanha de vacinação inicial", advertiram os especialistas no informe.

Idosos, a prioridade

Os primeiros que poderiam se beneficiar desta dose de reforço serão as pessoas residentes em "lares para idosos", "outras de idade avançada" e "muitos profissionais de saúde", que foram as primeiras categorias da população vacinadas nos Estados Unidos.

As primeiras injeções da vacina foram administradas nos Estados Unidos em dezembro de 2020, quando os antivirais da Pfizer e da Moderna foram autorizados de urgência com apenas uma semana de diferença.

Uma dose de reforço também, "provavelmente, seja necessária" para as pessoas que receberam uma única injeção da vacina Johnson & Johnson, asseguraram autoridades de saúde.

Mas as vacinações com este imunizante não começaram nos Estados Unidos "até março de 2021" e são aguardados dados a respeito "nas próximas semanas". As pessoas vacinadas com a Johnson & Johnson são minoria nos Estados Unidos (quase 14 milhões).

Seguindo o sinal verde da FDA, as autoridades de saúde federais também devem validar a decisão e publicar suas recomendações para os profissionais encarregados de administrar esta terceira dose.

Avanços

A sociedade farmacêutica Pfizer/BioNTech anunciou na segunda-feira que apresentou dados iniciais ao FDA mostrando os benefícios de uma terceira dose para proteção imunológica.

Também observou que enviarão "rapidamente" resultados mais completos para a agência federal.

A Moderna também testa várias versões de uma dose de reforço em ensaios clínicos, com resultados preliminares positivos.

Os Estados Unidos encomendaram originalmente 300 milhões de doses das vacinas Pfizer e Moderna, mas recentemente compraram 200 milhões de doses adicionais de cada uma, o suficiente para realizar esta campanha.

Quase 60% da população americana, ou mais de 198 milhões de pessoas, já recebeu pelo menos uma dose da vacina.

Os Estados Unidos já haviam autorizado na semana passada uma dose adicional da vacina feita com base na tecnologia pioneira de RNA mensageiro (da Pfizer ou Moderna) para pessoas imunossuprimidas.

A tecnologia do RNA mensageiro dá às células humanas as instruções genéticas para produzir uma proteína de superfície do coronavírus, que treina o sistema imunológico para quando ele encontrar o vírus real.