Hackers de origem iraniana vazam dados de um servidor israelense
O grupo hacker "Black Shadow", conhecido por seus vínculos com o Irã, reivindicou neste sábado (30) em mensagens criptografadas no Telegram a invasão dos servidores do site israelense de hospedagem Cyberserve, o que tornou vários de seus sites inacessíveis, e passou a vazar dados.
Entre outros alvos, o ataque cibernético atingiu as empresas de transporte público Dan e Kavim, que prestam serviços na área metropolitana de Tel Aviv, o Museu Infantil da Cidade de Holon e o blog da rádio pública israelense.
A partir do meio-dia deste sábado, as páginas web desses grupos, todas hospedadas pelo Cyberserve, ficaram inacessíveis.
"Black Shadow" também disponibilizou no Telegram o que apresentou como arquivo do cliente, com nomes, emails e telefones de usuários da empresa Kavim.
"Os primeiros dados estão aí. Se não entrarem em contato conosco, haverá mais", alertou o grupo de hackers em mensagem que acompanha o suposto arquivo da empresa.
Na sexta-feira à noite, os hackers enviaram uma mensagem pelo Telegram alertando o Cyberserve sobre seu ataque iminente.
"Temos novidades para você", escreveram. "Você provavelmente não conseguirá entrar em muitos sites esta noite e isso é porque o Cyberserve e seus clientes se tornaram nossos alvos. E os dados? Temos muitos", continuaram.
De acordo com a mídia israelense, que cita especialistas, o Black Shadow é um grupo de hackers anti-Israel que usa técnicas de crime cibernético para ganho econômico e ideológico.
Em março, hackeou a KLS Capital, uma empresa financeira israelense. Em dezembro de 2020, o grupo também se infiltrou na seguradora israelense Shirbit, roubando grandes quantidades de dados dos servidores da empresa antes de exigir um resgate de quase um milhão de dólares e revelando gradualmente uma grande quantidade de dados da companhia.
A ação criminosa deste sábado ocorre depois que o Irã também foi alvo de um ataque cibernético sem precedentes na terça-feira, que paralisou a distribuição de combustível em todo o país.
Embora os perpetradores não tenham sido identificados, a agência iraniana Fars acusou os opositores do regime iraniano, Israel e Estados Unidos, de serem suspeitos.
Em setembro de 2010, o vírus Stuxnet atingiu o programa nuclear do Irã, causando uma série de erros nas centrífugas usadas para o enriquecimento de urânio.
Desde o caso Stuxnet, o Irã, por um lado, e Israel e os Estados Unidos, por outro, se acusam frequentemente de ataques cibernéticos.
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