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Chegou a 'hora da verdade' sobre nossa relação com a Otan, diz Rússia

Rússia, sob liderança de Putin, é acusada pelo Ocidente de orquestrar uma tentativa de invadir a Ucrânia - Mikhail Svetlov/Getty Images
Rússia, sob liderança de Putin, é acusada pelo Ocidente de orquestrar uma tentativa de invadir a Ucrânia Imagem: Mikhail Svetlov/Getty Images

Em Moscou (Rússia)

11/01/2022 11h39Atualizada em 11/01/2022 11h41

Diplomatas russos disseram hoje que a relação entre a Rússia e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) enfrenta a "hora da verdade", às vésperas de uma reunião, na qual Moscou vai detalhar exigências para afastar a aliança das fronteiras do país eurasiático.

"Vamos [para a reunião da Otan em Bruxelas] com expectativas realistas e com a esperança de que haja uma conversa séria e profunda sobre questões-chave e fundamentais sobre a segurança europeia", declarou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Alexander Grushko, à agência de notícias Ria Novosti.

"Sem exagero, podemos dizer que nossas relações com a aliança chegaram à hora da verdade", acrescentou.

A Rússia foi acusada por americanos e europeus de preparar um ataque contra sua vizinha Ucrânia, país aliado do Ocidente.

Moscou reagiu, alegando que o envio de dezenas de milhares de tropas russas na fronteira é uma reação à crescente e hostil presença da Otan, nesta que o Kremlin considera uma zona de influência.

A Rússia pede tratados que proíbam a futura ampliação da Aliança Atlântica e o fim das manobras militares ocidentais nas fronteiras da Rússia.

Ontem, funcionários de alto escalão de ambos os governos se reuniram em Genebra, na Suíça, para o primeiro encontro de uma semana de intensa atividade diplomática entre Moscou e o Ocidente.

Hoje, o Kremlin avaliou como "positivas" estas primeiras conversas bilaterais sobre Ucrânia e a segurança europeia. Ressaltou-se, contudo, que ainda é muito cedo para ser otimista sobre os possíveis resultados.

"Merece uma avaliação positiva", disse Dmitri Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin, acrescentando, no entanto, que "ainda não há muitas razões para sermos otimistas".

"Precisa ser muito ingênuo para acreditar que uma primeira rodada (de discussões) dá grandes resultados", completou.