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Analistas preveem trégua de testes de armas da Coreia do Norte durante Jogos

Míssil hipersônico desenvolvido em 2021 é testado pela Academia de Ciências da Defesa da Coreia do Norte em Toyang-ri - KCNA via REUTERS
Míssil hipersônico desenvolvido em 2021 é testado pela Academia de Ciências da Defesa da Coreia do Norte em Toyang-ri Imagem: KCNA via REUTERS

04/02/2022 06h33Atualizada em 04/02/2022 07h27

Analistas preveem uma trégua no frenesi de testes militares da Coreia do Norte durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, depois que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, enviou "calorosas felicitações" a Pequim nesta sexta-feira (4).

A imprensa estatal norte-coreana noticiou que o líder comunista enviou "calorosas felicitações" ao presidente chinês, Xi Jinping, pela abertura dos Jogos Olímpicos nesta sexta, "apesar da crise sanitária mundial e de difíceis circunstâncias sem precedentes".

"A tocha olímpica ardendo em Pequim demonstra claramente que não há dificuldade nem desafio que impeça o povo chinês de avançar com firmeza", disse Kim em sua mensagem, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

Analistas veem nesta mensagem um sinal de que o regime comunista vai interromper a série de testes de armas lançados durante o mês passado. Foram sete testes diferentes.

Os testes da Coreia do Norte em janeiro causaram "muito desconforto" em Pequim, disse à AFP Cheong Seong-chang, do Centro de Estudos da Coreia do Norte, do Instituto Sejong.

"Mas, como Kim Jong-un enviou uma mensagem de felicitações a Xi Jinping, a China pode esperar que Pyongyang desista dos testes de armas durante as Olimpíadas", acrescentou.

É "altamente improvável" que Pyongyang "incomode" Pequim, lançando mísseis durante os Jogos, concordou Yang Moo-jin, professor da Universidade de Estudos Norte-coreanos.

"A China claramente não quer nenhuma tensão militar durante os Jogos. Além disso, a ONU pediu a todos os países que respeitem uma trégua durante os Jogos Olímpicos, o que adiciona outra camada de pressão", explicou.

A Coreia do Norte está impedida de participar de Pequim 2022, devido a uma sanção do Comitê Olímpico Internacional por não ter enviado atletas aos Jogos de Tóquio por preocupações com o coronavírus.