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Tribunal Penal Internacional participará de investigação europeia sobre crimes na Ucrânia

24.abr.2022 - Um menino fica ao lado de um veículo destruído em frente a um prédio de apartamentos danificado durante o conflito Ucrânia-Rússia na cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia - 24.abr.2022 - Alexander Ermochenko/Reuters
24.abr.2022 - Um menino fica ao lado de um veículo destruído em frente a um prédio de apartamentos danificado durante o conflito Ucrânia-Rússia na cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia Imagem: 24.abr.2022 - Alexander Ermochenko/Reuters

25/04/2022 11h34Atualizada em 25/04/2022 11h57

Haia, 25 Abr 2022 (AFP) - A Procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) participará da investigação da União Europeia (UE) sobre possíveis crimes cometidos na Ucrânia, informou nesta segunda-feira (25) a Agência de Cooperação Judicial, Eurojust.

"O gabinete do procurador do Tribunal Penal Internacional em Haia participará da Equipe Conjunta de Investigação (JIT, por sua sigla em inglês) sobre os principais crimes internacionais cometidos na Ucrânia", anunciou a Eurojust em comunicado.

O procurador-geral do TPI, Karim Khan, assinou um acordo de colaboração com os procuradores-gerais da Lituânia, Polônia e Ucrânia para investigar possíveis crimes contra a Humanidade cometidos desde a invasão russa em 24 de fevereiro.

Este acordo "visa facilitar as investigações e acusações nos Estados envolvidos, bem como aquelas que podem ser levadas ao TPI", disse a Eurojust.

"Com este acordo, o JIT e o gabinete do procurador enviam uma mensagem clara de que todos os esforços serão feitos para coletar provas sobre os principais crimes internacionais cometidos na Ucrânia e levar os responsáveis à Justiça", ressaltou a agência europeia, com sede em Haia.

Karim Khan visitou a cidade de Bucha, ocupada pela Rússia e onde foram descobertos centenas de corpos de civis, mortos pelos russos (de acordo com Kiev), há duas semanas.

"A Ucrânia é palco de um crime. Estamos aqui porque temos boas razões para acreditar que estão sendo cometidos crimes que se enquadram na jurisdição deste tribunal", disse Khan a repórteres durante sua visita.

A Rússia nega a responsabilidade pelas mortes de Bucha.