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Xi Jinping defende 'covid zero', e Xangai amplia campanha de testes

11.nov.2021 - Visitantes caminham em frente a uma tela que mostra o presidente da China, Xi Jinping, no Museu do Partido Comunista da China em Pequim - Noel Celis/AFP
11.nov.2021 - Visitantes caminham em frente a uma tela que mostra o presidente da China, Xi Jinping, no Museu do Partido Comunista da China em Pequim Imagem: Noel Celis/AFP

10/06/2022 06h05

O presidente da China, Xi Jinping, insistiu que a estratégia 'covid zero' deve prosseguir de maneira firme no país, onde mais da metade dos 25 milhões de habitantes de Xangai se preparavam nesta sexta-feira (10) para uma campanha de testes de detecção do coronavírus no fim de semana.

Depois de quase dois anos e meio de pandemia, a China é a última grande economia do mundo que tenta eliminar qualquer foco da doença com medidas que incluem confinamentos severos, testes em larga escala e quarentenas obrigatórias.

Nos últimos meses, a estratégia foi questionada devido ao surgimento da variante mais transmissível Ômicron, que provocou fortes restrições em Pequim e, em particular, em Xangai, medidas que afetaram a segunda maior economia mundial.

O presidente Xi pediu uma "coordenação eficiente da prevenção e controle da covid-19 com o desenvolvimento econômico e social", mas advertiu que "a abordagem da dinâmica 'covid zero' deve ser mantida com firmeza", segundo a agência de notícias estatal Xinhua.

Os analistas consideram que a China terá problemas para alcançar o objetivo de crescimento econômico 5,5% em 2022 devido ao fechamento de empresas provocado pelos confinamentos, além dos problemas nas cadeias de abastecimento.

O Banco Mundial reduziu consideravelmente a previsão de crescimento da China, de 5,1% para 4,3%, e advertiu esta semana que a estratégia covid zero pode desacelerar ainda mais a recuperação.

Os efeitos dos confinamentos da China foram sentidos ao redor do mundo, especialmente o fechamento de Xangai, a maior cidade do país e um dos principais centros de comércio internacional.

A metrópole pretende aplicar testes de coronavírus em mais da metade dos moradores a partir de sábado, menos de duas semanas depois do início da suspensão de um confinamento severo de quase dois meses.

Na semana passada, Xangai acabou com a maioria das restrições depois de conter o surto mais grave de covid na China em dois anos, mas as autoridades mantêm uma série de medidas para tentar evitar evitar qualquer novo surto.

Desta maneira, centenas de milhares de pessoas ainda não podem deixar suas casas. Um funcionário do governo municipal afirmou na quinta-feira que os moradores de sete distritos serão submetidos a testes de coronavírus a partir de sábado.

Os exames afetam mais de 14 milhões de pessoas, incluindo a população do centro financeiro de Pudong e várias zonas do centro da cidade.

Em diversas áreas, os moradores permanecerão confinados em suas casas até que a amostra para o teste de PCR seja coletada.

Algumas partes de Pequim também voltaram a impor restrições depois que a cidade flexibilizou a ordem para o teletrabalho e permitiu a abertura das áreas internas de restaurantes no início da semana.

O distrito central de Dongcheng decretou na quinta-feira o fechamento de bares, casas noturnas e cafés, após a detecção de focos de contágio em locais de entretenimento, informou a imprensa.

O nível de contágios na China é muito menor do que em outros países. Nesta sexta-feira, o país registrou 73 novas infecções, oito delas em Pequim e 11 em Xangai, segundo a Comissão Nacional de Saúde.