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EUA incluem intermediários chinês e indiano em novas sanções contra Irã

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a Cúpula das Américas - Reprodução
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a Cúpula das Américas Imagem: Reprodução

16/06/2022 14h03

Os Estados Unidos impuseram nesta quinta-feira sanções a produtores petroquímicos iranianos, bem como a um intermediário chinês e outro indiano, aumentando a pressão sobre a República Islâmica à medida que as negociações sobre o acordo nuclear de 2015 vacilam.

"Na ausência de um acordo, continuaremos a usar nossa capacidade de definir sanções para limitar as exportações de petróleo, produtos petrolíferos e petroquímicos do Irã", disse Brian Nelson, alto funcionário do Departamento do Tesouro.

O Tesouro, por sua vez, anunciou sanções a uma rede de empresas petroquímicas iranianas, incluindo supostas empresas de fachada na China e nos Emirados Árabes Unidos da estatal de Teerã, e a Triliance, uma empresa com sede em Hong Kong que já está sob sanções dos EUA por seus negócios com o Irã.

Também adotou medidas contra Jeff Gao, corretor com sede na China, e o indiano Mohammad Shaheed Ruknooddin Bhore por supostamente administrar negócios para a Triliance.

Desde 2018, quando o governo do então presidente republicano Donald Trump (2017-2021) se retirou do acordo nuclear de 2015, Washington tenta impedir que qualquer nação compre petróleo do Irã.

A China continua sendo o principal comprador do petróleo iraniano, enquanto a Índia relutantemente encerrou as importações sob pressão dos Estados Unidos.

O presidente Joe Biden, um democrata, disse que seu país retornaria ao acordo de 2015 se o Irã honrasse seus compromissos, mas seu principal negociador estimou recentemente que a diplomacia tem mais probabilidade de falhar nesse objetivo.

Teerã insiste que os Estados Unidos retirem a Guarda Revolucionária - exército ideológico do Irã - de sua lista de organizações terroristas, mas o governo Biden considera que essa é uma questão secundária, que nada tem a ver com as discussões sobre o acordo nuclear entre a República Islâmica e as potências mundiais.