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Ex-assistente da Casa Branca comparece diante de 'CPI' do Capitólio nos EUA

28/06/2022 13h49

Washington, 28 Jun 2022 (AFP) - Uma ex-assistente da Casa Branca com acesso preferencial a Donald Trump e ao funcionamento interno do gabinete presidencial prestará depoimento publicamente nesta terça-feira (28) diante da comissão parlamentar que investiga a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos.

Cassidy Hutchinson, assistente-executiva do chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, foi uma figura central na Casa Branca durante o período em que ocorreu a incursão violenta à sede do Congresso americano, em 6 de janeiro do ano passado.

Hutchinson é a fonte de diversas revelações impactantes que vieram à tona durante duas audiências anteriores.

Ela esteve em contato com funcionários no estado da Geórgia, onde Trump fez pressão para que "fossem encontrados" votos suficientes para superar a margem de vitória de Joe Biden em uma conversa telefônica que é atualmente objeto de investigação criminal.

Hutchinson testemunhou a portas fechadas em fevereiro, março e maio e revelou que viu Meadows queimar documentos em sua sala depois de se reunir com um congressista republicano envolvido no complô para anular as eleições.

Esse legislador, Scott Perry, foi fundamental na tentativa fracassada de Trump de colocar seu candidato como procurador-geral para ter o Departamento de Justiça a o seu lado em seu plano de seguir no poder.

Segundo a emissora CNN, foi Hutchinson quem disse à comissão de inquérito que Trump manifestou aprovação aos cânticos de "enforquem Mike Pence" entoados pelos amotinados do Capitólio, entre outras afirmações surpreendentes que vieram à tona na audiência de abertura em 9 de junho.

Ela também contou que se lembrava de um agente do Serviço Secreto informando Meadows sobre informações de inteligência que advertiam que poderia ocorrer violência em 6 de janeiro.

O anúncio da audiência de hoje foi feito com menos de 24 horas de antecedência e causou surpresa em Washington, pois o colegiado de legisladores havia dito que postergaria o restante das sessões para julho e talvez mais adiante.

A comissão informou sobre a mudança em um breve comunicado que não fazia alusão ao propósito da audiência nem revelava quem compareceria à mesma, simplesmente dizia que apresentaria "provas obtidas recentemente" e ouviria "depoimentos de testemunhas".

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