Bolsonarismo tem vitória contundente nas eleições legislativas e estaduais
Os candidatos aliados do presidente Jair Bolsonaro tiveram vitórias importantes neste domingo (2), nas eleições legislativas e estaduais, celebradas juntamente com a disputa presidencial.
Ao menos nove ex-ministros de Bolsonaro tiveram vitórias nas urnas.
Além do presidente e do vice, os eleitores votaram em governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, nos 513 membros da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, de 81 assentos, assim como nos deputados das assembleias legislativas estaduais.
O Partido Liberal (PL), do presidente da República, se encaminha para ter a maior bancada na Câmara dos Deputados, segundo analistas, e no Senado, personalidades do PL e grupos aliados obtiveram ao menos 14 dos 27 assentos em disputa.
Os novos congressistas incluem dois ex-ministros muito controversos de Bolsonaro: o ex-titular do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), que deixou o governo por suspeitas de corrupção, e Eduardo Pazuello (PL-RJ), criticado por sua gestão à frente do ministério da Saúde no auge da pandemia de covid-19, que deixou quase 700.000 mortos no país.
Pazuello, inclusive, foi o segundo deputado mais votado no estado do Rio de Janeiro, o terceiro mais populoso do país.
Outro deputado do PL, Nikolas Ferreira, de Minas Gerais, foi o deputado mais votado do Brasil, com mais de 1,4 milhão de votos, com apenas 26 anos.
A lista de bolsonaristas no Senado inclui o ex-jogador de futebol Romario (PL-RJ), que se reelegeu, e o ex-astronauta e ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes (PL-SP), que desbancou um aliado de Lula, Márcio França (PSB), favorito nas pesquisas.
Também foram eleitos ao Senado outros três ex-ministros de Bolsonaro: a ultraconservadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-titular da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos); Tereza Cristina (PP-MS), ex-titular da Agricultura, e Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento, além do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
A Câmara alta deverá confirmar em 2023 dois ministros no Supremo Tribunal Federal (STF).
Outro que se elegeu ao Senado foi o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (União Brasil-PR), que rompeu com Bolsonaro, e o ex-procurador Dalton Dellagnol (Podemos-PR).
Ambos arquirrivais de Lula, foram figuras-chave da operação 'Lava Jato', que investigou um gigantesco esquema de propinas na Petrobras. Os dois levaram Lula à prisão por 19 meses, mas a sentença foi anulada por irregularidades processuais.
Também foram eleitos neste domingo os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal.
No Rio de Janeiro foi eleito Claudio Castro (PL), mas a maior surpresa ocorreu em São Paulo, com a vitória parcial no primeiro turno de Tarcício de Freitas, ex-ministro da Infra-estrutura, que aparecia em segundo lugar nas pesquisas.
Freitas (PL) superou Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e afilhado político de Lula, derrotado por Bolsonaro nas eleições de 2018. Os dois disputarão o segundo turno em 30 de outubro.
As eleições também deram algumas vitórias às causas progressistas, como as primeiras deputadas federais trans do Brasil: Erika Hilton (PSOL-SP), Duda Salabert (PDT-MG), e Robeyoncé Lima (PSOL-PE).
rsr/app/lbc/mvv
© Agence France-Presse
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