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Plano de paz chinês deve considerar 'perspectiva ucraniana', diz chefe da Otan

Xi Jinping reúne-se esta semana em Moscou com seu homólogo russo, Vladimir Putin, e o plano de paz traçado por Pequim faz parte da agenda. - Gonzalo Fuentes/Reuters
Xi Jinping reúne-se esta semana em Moscou com seu homólogo russo, Vladimir Putin, e o plano de paz traçado por Pequim faz parte da agenda. Imagem: Gonzalo Fuentes/Reuters

21/03/2023 12h37

O plano de paz lançado pela China para a guerra na Ucrânia deve levar em conta a "perspectiva" deste país — alertou nesta terça-feira (21) o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg.

O presidente chinês, Xi Jinping, reúne-se esta semana em Moscou com seu homólogo russo, Vladimir Putin, e o plano de paz traçado por Pequim faz parte da agenda.

Na segunda-feira (20), Putin disse a Xi que estava aberto a discutir um documento de posição de 12 pontos apresentado pela China sobre o conflito, que inclui um apelo ao diálogo e ao respeito pela soberania territorial de todos os países.

Para Stoltenberg, "cabe à Ucrânia decidir quais são as condições aceitáveis para qualquer solução pacífica".

"Portanto, a China precisa começar a entender a perspectiva da Ucrânia e se envolver diretamente com o presidente [Volodimir] Zelensky, se quiser levar a paz a sério", disse o chefe da Otan.

O chefe da aliança militar transatlântica disse acolher com satisfação qualquer proposta que possa levar a uma "paz justa e sustentável".

Em sua visão, o plano chinês inclui alguns elementos positivos, como a ênfase na segurança nuclear, a proteção de civis e a integridade territorial.

Ele alertou, porém, que qualquer cessar-fogo proposto que não respeite a soberania da Ucrânia "será apenas uma forma de congelar a guerra e garantir que a Rússia possa reconstruir, reagrupar e atacar novamente".

Stoltenberg disse que ainda não viu nenhuma evidência de que a China esteja fornecendo armas para a Rússia.

"Mas vimos alguns sinais de que este foi um pedido da Rússia e que esta é uma questão que está sendo considerada em Pequim (...) Nossa mensagem é que a China não deve fornecer ajuda letal à Rússia", disse Stoltenberg.

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© Agence France-Presse