Neto de ditador sul-coreano é detido em Seul por uso de drogas no exterior
O neto de um ditador sul-coreano, que acusou sua família de corrupção em uma série de publicações erráticas nas redes sociais, foi detido quando desembarcou em Seul nesta terça-feira (28), por suspeita de uso de drogas no exterior .
Chun Woo, 27, neto de Chun Doo-hwan e morador de Nova York, atraiu ampla cobertura da imprensa na Coreia do Sul por uma série de acusações sobre sua família, transmitidas ao vivo no Instagram e no YouTube.
A Coreia do Sul é conhecida por processar cidadãos por consumo de drogas ilegais no exterior.
Chun Woo-won foi detido na chegada e submetido a testes de detecção de drogas antes que a polícia apresentasse acusações oficiais, disseram as autoridades.
Durante uma transmissão recente, Chun ingeriu o que descreveu como narcóticos ilegais e teve que ser levado de ambulância para o hospital.
Seu pai indicou que Chun sofre de depressão.
Ele já havia declarado a intenção de retornar para a Coreia do Sul e prestar contas. Também disse que pretende pedir desculpas às vítimas do governo de seu avô na década de 1980.
"Sou grato pela oportunidade de me desculpar aqui, na Coreia do Sul", disse ele a jornalistas no Aeroporto Internacional de Incheon, enquanto era escoltado pela polícia.
Chun Doo-hwan era um general militar, quando assumiu o controle da Coreia do Sul em um golpe, após o assassinato em 1979 do ex-líder Park Chung-hee.
Foi presidente de 1980 a 1988 e é conhecido como o "açougueiro de Gwangju" por ordenar que suas tropas sufocassem uma revolta naquela cidade do sudoeste em 1980.
Cerca de 200 pessoas morreram, ou desapareceram, durante o levante de Gwangju, segundo dados oficiais. Ativistas dizem, no entanto, que o número pode ter sido três vezes maior.
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