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EUA dizem que Irã e Rússia 'estão ampliando' sua cooperação militar

Porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby - REUTERS/Jonathan Ernst
Porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst

15/05/2023 15h53

Irã e Rússia "estão ampliando sua cooperação militar a um nível sem precedentes", disse nesta segunda-feira (15) um porta-voz da Casa Branca, que mencionou em particular a entrega de drones iranianos utilizados pelo Exército russo na Ucrânia.

Segundo a Inteligência americana, a Rússia, uma das principais potências militares do mundo, se viu obrigada a depender do Irã para obter suprimentos enquanto sofre perdas no campo de batalha em sua invasão à Ucrânia.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSC), John Kirby, indicou a intenção de Moscou de adquirir drones militares não tripulados mais sofisticados como parte fundamental da crescente cooperação.

"Os contatos entre Irã e Rússia continuam em temas relacionados à venda de armamento mais sofisticado, especialmente drones mais avançados", disse a jornalistas.

"Esta é uma cooperação de defesa em grande escala que é prejudicial para a Ucrânia, para a região do Oriente Médio e para a comunidade internacional", assegurou Kirby, que acrescentou que Washington anunciará mais sanções em breve.

"Estamos utilizando as ferramentas à nossa disposição para expor e interromper estas atividades, e estamos prontos para fazer mais", destacou Kirby.

O porta-voz do NSC disse que os Estados Unidos anunciarão novas sanções "nos próximos dias" contra entidades e pessoas envolvidas nestas transações entre ambos os países.

Kirby indicou que o Irã entregou mais de 400 drones à Rússia desde agosto, principalmente do tipo Shahed.

O Irã, por sua vez, está buscando comprar helicópteros de ataque, radares e aviões de treinamento de combate Yak-130 da Rússia, disse, e indicou que "no total, o Irã está buscando equipamentos militares no valor de bilhões de dólares".

Acrescentou que os Estados Unidos não detectaram "nenhum movimento" de mísseis balísticos entre os dois países.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em visita ao Reino Unido nesta segunda, obteve a promessa de "centenas" de mísseis e mais drones, e disse que seu objetivo de recrutar aviões de combate ocidentais estava cada vez mais próximo.