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Macron anuncia que França vai treinar pilotos de caça ucranianos

Presidente francês, Emmanuel Macron - Benoit Tessier/Reuters
Presidente francês, Emmanuel Macron Imagem: Benoit Tessier/Reuters

15/05/2023 16h22

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou, nesta segunda-feira (15), que a França vai treinar pilotos de caça ucranianos. Em entrevista ao canal TF1, o chefe de estado também anunciou uma redução de 2 bilhões de impostos para a classe média e defendeu a primeira-ministra Élisabeth Borne.

Emmanuel Macron anunciou que "abriu as portas para treinar" pilotos de caça ucranianos, um dia depois de um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Paris. Segundo ele, a iniciativa será realizada "com vários outros países europeus que estão prontos para isso". "Acredito que as discussões estão em andamento com os americanos", declarou o presidente francês, considerando, por outro lado, que uma possível entrega de caças para Kiev é "um debate teórico".

"Precisamos começar a formação hoje, este é o acordo a que chegaram vários países europeus", acrescentou, sem mais detalhes sobre este processo de formação. Mas garantiu que "não existe tabu", sobre o assunto.

Até agora, Paris adiou a questão de uma possível entrega de aeronaves de combate, explicando que levaria longos meses para treinar pilotos. O início deste treinamento pode, portanto, a longo prazo, também abrir caminho para a entrega dos caças.

Sobre as armas, o chefe de Estado não quis detalhar as novas promessas mencionadas na véspera durante a visita de Zelensky. "Decidimos entregar novas munições", limitou-se a dizer.

Macron referiu-se ainda, sem mais pormenores, ao treinamento das tropas ucranianas "que se encarregarão de liderar a contraofensiva e resistir".

"Isso também é o que a Ucrânia precisa", defendeu, enquanto a França é acusada de fazer menos do que outros grandes países europeus como o Reino Unido e a Alemanha na entrega de armas a Kiev.

Segundo Emmanuel Macron, "a estratégia da França é simples: ajudar a Ucrânia a resistir e organizar, quando quiser, uma contraofensiva para poder trazer todos de volta à mesa de negociações e nas condições que ela escolher, para construir uma paz duradoura para ela".

Redução de impostos

Macron também defendeu os últimos cortes de impostos realizados pelo Estado, que têm "focado nas classes médias". "Quando baixamos a contribuição salarial sobre o desemprego no primeiro mandato, foi principalmente para essas classes médias. Quando abolimos o imposto habitacional, foi para as classes médias. Quando baixamos o imposto de renda em 4 ? bilhões, foi para as classes médias", reafirmou o chefe de Estado.

O objetivo final é uma redução de "2 bilhões em cortes de impostos para as famílias". "Pedi ao governo que me fizesse propostas sobre esses 2 bilhões, para que eles se concentrassem nessas classes médias. Ou seja, as francesas e os franceses que trabalham duro, que querem criar bem os seus filhos e que hoje, porque o custo de vida subiu, porque a dinâmica salarial nem sempre está presente, estão tendo dificuldade para chegar até o final do mês", declarou.

Ele também aproveitou a ocasião para defender Élisabeth Borne, que nesta terça-feira (16) completa um ano de governo. Macron elogiou sua "força, sua determinação e sua coragem".

"Tenho muito orgulho de ter nomeado Élisabeth Borne há um ano. (...) (Ela) aprovou uma série de leis difíceis sobre energias renováveis, energia nuclear, para reformar o seguro-desemprego, sobre aposentadorias, textos financeiros importantes também (...) Continuamos a atuar e lado a lado, Elisabeth Borne atua com força, determinação e coragem", sublinhou.