EUA entrega armas e munições e reforça presença militar em Israel

Os Estados Unidos começaram, neste domingo (8), a enviar ajuda militar para Israel e aproximar sua força naval do Mediterrâneo, após os ataques surpresa da organização palestina Hamas.

No domingo, em uma chamada com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que "haverá ajuda adicional para as forças armadas israelenses e haverá mais nos próximos dias", de acordo com um comunicado da Casa Branca.

Biden prometeu "apoio total ao governo e ao povo israelense após os ataques terríveis e sem precedentes dos terroristas do Hamas".

O primeiro pacote de ajuda militar "começará a ser enviado hoje e chegará nos próximos dias", disse neste domingo o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

Ele também destacou que havia ordenado ao grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior navio de guerra do mundo, que se dirigisse ao Mediterrâneo Oriental, vindo do Mar Jônico, onde estava.

A Força Aérea também aumentou a presença de suas aeronaves de combate na região, afirmou Austin.

"Os Estados Unidos mantêm suas forças prontas globalmente para fortalecer a postura de dissuasão, se necessário", enfatizou.

- Americanos reféns do Hamas -

O chefe de diplomacia dos EUA, Antony Blinken, que aumentou neste domingo suas aparições na mídia, compartilhou informações de que havia americanos entre as vítimas dos ataques. 

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"Estamos trabalhando para verificar", afirmou.

Por sua vez, o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, indicou que entre as cerca de 100 pessoas - civis e soldados - sequestradas pelo Hamas em Israel, há cidadãos americanos.

Os contatos de alto nível entre autoridades dos EUA e Israel aumentaram após a ofensiva surpresa lançada a partir da Faixa de Gaza pelo movimento islâmico palestino.

Apesar do apoio unânime a Israel por parte da liderança política dos Estados Unidos, a situação institucional é complicada para o governo de Biden, já que uma das duas câmaras do Congresso está paralisada depois que seu líder foi destituído na semana passada, devido a divergências internas entre os republicanos.

A poucos meses das eleições presidenciais, Biden está sob pressão da oposição republicana, que o acusa de fraqueza em sua defesa de Israel e em sua política em relação ao Irã.

Blinken lembrou no domingo, na CNN, que o ex-presidente Barack Obama assinou um acordo com Israel em 2016 "para fornecer US$ 3,8 bilhões (R$ 12,2 bilhões, na cotação da época) anuais em ajuda militar".

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"Todo o Poder Executivo (dos Estados Unidos) se comprometeu com toda a região, e além, para gerar apoio a Israel e garantir que cada país utilize todos os meios e toda a influência que possui para uma retirada do Hamas e para garantir que o conflito não se espalhe para outros lugares", disse ele no canal ABC.

Quando questionado sobre uma possível intenção de hostilidades do Hamas para sabotar as discussões destinadas a normalizar as relações diplomáticas entre Israel e a Arábia Saudita, apoiadas por Washington, o secretário de Estado democrata declarou: "Isso pode ser parte da motivação. Olha, quem se opõe à normalização? Hamas, Hezbollah, Irã. Então, não seria uma surpresa".

O número de mortos na guerra entre o Hamas e Israel subiu neste domingo para mais de 400 na Faixa de Gaza e mais de 600 em Israel, além de milhares de feridos, de acordo com os últimos relatórios das respectivas autoridades.

ube/sst/dg/gm/ms/ic

© Agence France-Presse

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