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Prisão preventiva para homem que matou professor na França

Escola Gambetta-Carnot, onde o professor francês Dominique Bernard foi morto em um ataque com faca Imagem: PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS

17/10/2023 06h20

A justiça francesa ordenou a prisão preventiva do homem que assassinou um professor na França na semana passada e reivindicou o crime em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Mohammed Mogouchkov, um russo de 20 anos que tinha ficha criminal por radicalização, foi acusado de assassinato e tentativas de assassinato em um ato terrorista, entre outras acusações, anunciou a Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat).

O juiz de instrução também acusou o irmão de Mougochkov de 16 anos por cumplicidade, como foi solicitado pelo procurador antiterrorista Jean-François Richard, por considerar que ele prestou "algum tipo de apoio", em particular no "uso de facas".

Os dois foram colocados em prisão preventiva. A justiça também acusou um primo dos dois, de 15 anos, por ter conhecimento do plano de ataque e não fazer nada "deliberadamente" para impedir o crime. 

Mogouchkov assassinou na sexta-feira (13) Dominique Bernard, professor de francês de 57 anos, na escola em que foi aluno em Arras (norte), quase três anos após o assassinato, na região de Paris, do professor Samuel Paty por outro islamita radical.

Antes de esfaquear Bernard, o criminoso gravou um áudio em que jurava lealdade ao EI e mencionou "apoio aos muçulmanos" no Iraque, Ásia e Palestina, mas sem vincular "diretamente" o ataque à guerra entre Israel e Hamas, afirmou Richard.

Minutos antes do ataque, o jovem também gravou um vídeo diante de um monumento em homenagem aos mortos no qual atacou os "valores dos franceses", com palavras "muito ameaçadoras", acrescentou o procurador.

Após o ataque em Arras, o governo da França elevou o nível de alerta para "emergência de atentado", em um momento de grande tensão, devido ao temor de que o conflito no Oriente Médio seja importado para o território francês, onde vive a maior comunidade judaica da Europa.

Após o ataque, fontes do Ministério do Interior informaram que querem expulsar 11 russos que constam nos arquivos de pessoas radicalizadas e são considerados "ativos" e "perigosos".

sm-tjc/avl/fp/mvv/tt

© Agence France-Presse

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