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Venezuela fecha fronteira com Colômbia antes da posse: 'Conspiração'

Do UOL, em São Paulo

10/01/2025 08h17Atualizada em 10/01/2025 08h23

O governo da Venezuela fechou sua fronteira com a Colômbia desta sexta-feira (10) até a próxima segunda, denunciando uma "conspiração internacional" horas antes da posse do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo, que a oposição denuncia como fraude.

O que aconteceu

Anúncio foi feito pelo governador do estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia. "Temos informações de uma conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos (...) Vamos determinar, por instruções do presidente Nicolás Maduro, o fechamento da fronteira com a Colômbia a partir das 5h (6h em Brasília) da manhã de hoje até as 5h (locais) da manhã de segunda-feira", anunciou Freddy Bernal.

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Nicolás Maduro e sua vice, Delcy Rodríguez, irão tomar posse nesta sexta-feira (10). Cerimônia deve começar ao meio-dia (13h em Brasília) e vai acontecer no Parlamento, onde o governo tem maioria absoluta.

Maduro está na presidência desde 2013, após a morte de Hugo Chávez. Ele assume, agora, o terceiro mandato, até 2031.

Um grande esquema de segurança foi montado para a posse. As Forças Armadas foram mobilizadas para as ruas de Caracas, para garantir que a cerimônia acontecesse.

Governo Lula disse que irá enviar sua embaixadora em Caracas, Gilvania de Oliveira, para a cerimônia. O governo mexicano também havia afirmado que iria enviar um representante.

Oposição foi às ruas nesta quinta-feira (9) para protestar contra um novo mandato de Maduro. Eles afirmam que houve fraude nas eleições de 28 de julho e reivindicam a vitória de Edmundo González Urrutia.

Violência e autoproclamação de presidência: expectativas para esta sexta

Os professores ouvidos pelo UOL acreditam que o dia da posse de Maduro será marcado por violência na Venezuela. Gonzalez, que tem feito uma "campanha local" em países latinos após receber aceno de Estados Unidos e União Europeia, afirmou que irá ao país impedir a posse do ditador, mas sua viagem ainda é incerta. "O mais provável de acontecer se Gonzalez for a Caracas, é que ele seja preso", afirma Uebel. Protestos contrários à posse estão marcados.

Os dois também pontuam que Venezuela pode ter um "novo Guaidó", com autoproclamação de Gonzalez. Dessa vez, porém, o líder da oposição tem mais provas ao seu favor do que o antigo autoproclamado presidente.

Única chance de Maduro não assumir é se militares virarem as costas a Maduro, analisa professor. Para o docente da ESPM, as atas da oposição e a reticência do governo brasileiro, que não assumiu a vitória de Maduro, são provas concretas da vitória de Gonzalez e a melhor solução para a ocasião seria a realização de novas eleições limpas, uma promessa que já não foi cumprida por Maduro em 2024.

Com AFP

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