Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter completa um ano em cuidados paliativos

O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter completa, neste domingo (18), um ano em cuidados paliativos, um período no qual desafiou todos os prognósticos, comemorou seus 99 anos e chorou a morte da mulher que esteve a seu lado por 77 anos, Rosalynn.

"Um ano depois de ingressar em assistência paliativa, o presidente Carter continua em casa com sua família", assinalou o Centro Carter em uma nota à imprensa, por ocasião do aniversário de sua decisão de rejeitar mais tratamentos hospitalares por diversos problemas de saúde e viver seus últimos dias em sua casa em Plains, na Geórgia.

"A família Carter agradece as numerosas demonstrações de carinho que recebeu e o contínuo respeito à sua privacidade durante este tempo", afirmou sua fundação sem fins lucrativos.

"A família está feliz pelo fato de sua decisão do ano passado de entrar em cuidados paliativos ter suscitado tantas discussões familiares em todo o país sobre um tema importante", completou.

Carter, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2002, defensor de causas beneficentes e ex-produtor de amendoim, é o presidente mais longevo da história dos Estados Unidos.

Além disso, o casamento dos Carter foi mais longo que o de qualquer outro presidente, eclipsando os 73 anos de George H.W. Bush e sua esposa Barbara.

Após sobreviver a um câncer cerebral aos 90 anos e sofrer outras enfermidades que precisaram de hospitalização, pensava-se que o ex-presidente estaria em seus últimos dias em fevereiro de 2023, quando o Centro Carter anunciou que ele passaria "o tempo que lhe resta" em um programa paliativo, em casa com sua família.

Mas Carter resiste e, inclusive, fez uma aparição pública em novembro de 2023, durante o funeral de Rosalynn Carter. A ex-primeira-dama faleceu aos 96 anos, apenas alguns dias depois de também entrar em assistência paliativa.

"Quando [Jimmy Carter] entrou pela primeira vez em cuidados paliativos... pensávamos que era questão de dias", confessou seu neto Jason Carter, segundo o meio Atlanta Journal-Constitution.

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Carter foi presidente por apenas um mandato, entre 1977 e 1981, depois da guerra de Vietnã e do escândalo Watergate. Sua presidência incluiu sucessos como os acordos de paz de Camp David, entre Israel e Egito, mas também controvérsias, como a crise dos reféns no Irã.

Após deixar a política, o ex-presidente se dedicou a assuntos humanitários e fundou o Centro Carter, que promove os direitos humanos e a resolução de conflitos.

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© Agence France-Presse

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