Módulo espacial japonês sobrevive a segunda noite lunar

O módulo japonês SLIM foi reativado novamente depois de sobreviver às temperaturas glaciais de uma segunda noite lunar e transmitiu novas imagens para a Terra, informou a agência espacial japonesa Jaxa nesta quinta-feira (28, noite de quarta em Brasília).

"Recebemos uma resposta do SLIM na noite passada e confirmamos que ele superou com sucesso sua segunda noite" lunar, declarou a Jaxa em sua conta na rede social X dedicada a esta missão.

O módulo, que tornou o Japão o quinto país a conseguir um pouso lunar bem-sucedido, não foi projetado para resistir às noites geladas do satélite terrestre, que duram duas semanas e podem alcançar temperaturas de até -133 ºC.

No entanto, ele já sobreviveu a uma primeira noite lunar em fevereiro e agora, após quase um mês inativo, voltou a dar sinais de vida.

"Como o sol ainda estava alto no céu e o equipamento estava aquecido, gravamos imagens da paisagem habitual com a câmera de navegação e realizamos outras atividades por um breve período de tempo", explicou a Jaxa, que publicou uma imagem em preto e branco da superfície lunar rochosa.

O módulo, apelidado de "Moon Sniper" (franco-atirador lunar, em inglês) por sua precisão de pouso, conseguiu alunissar em janeiro, em um marco histórico para a indústria aeroespacial japonesa.

A nave pousou a apenas 55 metros do alvo pré-definido, mas em uma área inclinada de forma que seus painéis fotovoltaicos não recebiam luz solar.

A agência Jaxa decidiu desligar a sonda três horas após o pouso lunar para tentar reativá-la uma vez que a direção dos raios solares mudasse.

No final de janeiro, a nave voltou a funcionar e retomou suas operações de observação científica na Lua por dois dias.

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Um mês depois, após surpreendentemente sobreviver à sua primeira noite lunar, o módulo foi reativado brevemente antes de a Jaxa colocá-lo em repouso novamente até agora.

O objetivo da missão é examinar uma parte do manto lunar, a camada interna localizada abaixo de sua superfície, supostamente de acesso relativamente fácil a partir da cratera onde o módulo pousou.

hih-kaf/smw/dbh/am

© Agence France-Presse

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