Presidente do Irã afirma que bombardeio israelense na Síria não ficará sem resposta
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, condenou nesta terça-feira o ataque israelense que matou sete membros da Guarda Revolucionária de seu país em Damasco e afirmou que o "crime covarde não ficará sem resposta".
"Dia após dia, somos testemunhas do fortalecimento da frente de resistência e do desgosto e o ódio das nações livres contra a natureza ilegítima de Israel", afirmou Raisi.
O presidente iraniano condenou o que chamou de "ato desumano, agressivo e desprezível de invasão e violação flagrante das normas internacionais".
Segundo Raisi, Israel "incluiu os assassinatos indiscriminados na agenda", depois de ter sofrido "derrotas reiteradas e fracassos contra a fé e a vontade da Frente de Resistência, mas deve saber que nunca alcançará seus objetivos sinistros com meios tão desumanos".
O bombardeio, atribuído a Israel, contra a seção consular da embaixada iraniana em Damasco deixou 11 mortos, incluindo sete integrantes da Guarda Revolucionária iraniana.
O Irã também enviou uma "mensagem importante aos Estados Unidos", na qual destacou que Washington "deve ser considerado responsável" pelo ataque devido a seu apoio a Israel.
A mensagem, que não teve o conteúdo revelado, foi transmitida a "um funcionário da embaixada da Suíça", que representa os interesses americanos no Irã, informou o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian.
Teerã, que apoia o governo do presidente Bashar al Assad, prometeu responder ao ataque.
O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã se reuniu na segunda-feira à noite, na presença de Raisi, e tomou as "decisões necessárias", informou o governo em um comunicado, sem revelar mais detalhes.
O governo da China condenou nesta terça-feira o bombardeio.
"Não se pode violar a segurança das instituições diplomáticas e é necessário respeitar a soberania, independência e integridade territorial da Síria", afirmou o porta-voz da diplomacia de Pequim, Wang Wenbin.
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© Agence France-Presse
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