Quase 80.000 pessoas fugiram de Rafah após intensificação das operações de Israel

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou nesta quinta-feira (9) que quase 80.000 pessoas fugiram de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, desde 6 de maio, quando Israel ordenou a saída dos palestinos que viviam na zona leste da cidade. 

"Desde que as forças israelenses intensificaram as operações em 6 de maio, quase 80.000 pessoas fugiram de Rafah em busca de refúgio. O preço que estas famílias estão pagando é insuportável", afirmou a UNRWA na rede social X.

"Nenhum lugar é seguro" na Faixa de Gaza, acrescentou a agência.

Segundo a ONU, quase 1,4 milhão de pessoas estão aglomeradas em Rafah, perto da fronteira com o Egito, incluindo mais de um milhão que fugiram para a localidade no início da guerra, há sete meses, um conflito que transformou o centro e o norte do território palestino em ruínas.

O Exército israelense ordenou na segunda-feira aos moradores de Rafah que abandonassem a zona leste da cidade, antes de intensificar os bombardeios e iniciar uma operação terrestre.

"Esta é uma operação de escala limitada", disse um porta-voz militar, que calculou em quase 100.000 o número de pessoas que receberam a ordem para seguir até "a zona humanitária ampliada de Al Mawasi", a pouco mais de 10 quilômetros de Rafah.

Israel afirma que os últimos batalhões do Hamas estão entrincheirados em Rafah e insiste que vai iniciar uma operação terrestre para aniquilar o movimento islamista palestino, que governa Gaza desde 2007 e executou um ataque contra o sul de Israel em 7 de outubro, ação que desencadeou a guerra.

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© Agence France-Presse

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