Guerras deixam a infância em 'policrise', segundo KidsRights

As violações dos direitos das crianças aumentaram 21% em 2023 devido à intensificação das guerras no mundo, deixando os mais jovens à mercê de uma "policrise cada vez maior", informou nesta quarta-feira a ONG KidsRights. 

O relatório da organização, que atribui anualmente o Prêmio Internacional da Paz para as Crianças, concedido no passado à sueca Greta Thunberg e à paquistanesa Malala Yousafzai, destaca que quase 8.000 crianças foram assassinadas em Israel e Gaza desde outubro de 2023, e que cerca de 2.000 foram mortos ou feridos na Ucrânia desde 2022. 

As violações graves dos direitos das crianças incluem também a mutilação, a exploração como soldados, o sequestro e a privação de assistência humanitária. 

As catástrofes e os deslocamentos relacionados ao aquecimento global também ameaçam os direitos das crianças em todo o mundo, afirma o relatório. 

No entanto, o estudo elogia os "esforços positivos e sustentados" de países como o Reino Unido e a Dinamarca para deixar gradualmente os combustíveis fósseis. 

O relatório também destaca "o impacto devastador que o agravamento da policrise teve sobre as crianças, minando décadas de progresso na proteção da próxima geração em todo o mundo", segundo Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights. 

Dullaert também destaca que os governos devem enfrentar o fato de que os objetivos da ONU para 2030 para o desenvolvimento sustentável dos direitos das crianças não serão alcançados. 

O índice KidsRights de 2024 coloca o Luxemburgo no topo dos países que melhor protegem os direitos das crianças, enquanto o Afeganistão está em último lugar.

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© Agence France-Presse

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