Secretário-geral da Otan destaca importância do apoio dos EUA à Ucrânia

É "extremamente importante" que o governo dos Estados Unidos mantenha o apoio à Ucrânia durante sua guerra contra a Rússia, disse nesta quinta-feira (18) o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, à AFP.

Em sua opinião, os países da aliança "podem fazer mais", evidentemente, mas é de extrema importância que os Estados Unidos sigam com o apoio".

O apoio político, diplomático e material à Ucrânia "tem que ser um esforço conjunto entre América do Norte e Europa. Dentre eles, os Estados Unidos é o maior aliado", afirmou Stoltenberg. 

Os EUA estão na reta final da campanha eleitoral, na qual o candidato e ex-presidente republicano Donald Trump é o favorito para um novo mandato.

Trump já disparou o alarme ao escolher como seu companheiro de chapa presidencial J.D. Vance, fortemente contra a continuidade da ajuda à Ucrânia.

Vance está determinado a bloquear, no Senado americano, a aprovação de um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de cerca de 61 bilhões de dólares (valor em mais de 333 bilhões de reais na cotação atual).

No entanto, Stoltenberg sustentou nesta quinta-feira que o apoio dos EUA à Ucrânia é "do interesse da segurança" de Washington.

"Se o presidente [russo, Vladimir] Putin vencer na Ucrânia, não será uma tragédia apenas para os ucranianos, porque fará que todo o mundo seja mais perigoso e vulnerável", disse Stoltenberg à AFP.

Na visão do secretário-geral da Otan, "realmente queremos negociar uma solução em que a Ucrânia prevaleça como uma nação soberana e independente. Para isso, é preciso prestar mais apoio" ao país.

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Em sua visão, Putin "acredita que pode vencer no campo de batalha e precisamos convencê-lo do contrário. É então que ele se sentará e se abrirá para possíveis acordos". 

Em uma recente assembleia em Washington, a Otan decidiu que se encarregaria de coordenar as entregas de armas de Washington a Kiev.

De acordo com Stoltenberg, isto exigirá um novo comando da Otan, supervisionando cerca de 700 pessoas de toda a aliança, para começar a trabalhar na Alemanha em setembro.

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© Agence France-Presse

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