Hamilton comemora possível retorno da F1 à África

O heptacampeão mundial Lewis Hamilton disse nesta quinta-feira (22) que apoia "100%" o retorno da Fórmula 1 à África, num momento em que se especula um eventual Grande Prêmio em Ruanda.

"Por que não estamos nesse continente?", se perguntou Hamilton.

"Chegou a hora, 100% (...) Não podemos colocar corridas em outros lugares e continuar ignorando a África", afirmou.

"Acho que ter um GP lá mostraria como o lugar é incrível e pode ajudar a levar o turismo e coisas boas", acrescentou.

Hamilton contou aos jornalistas que colaborou nas negociações com autoridades de Ruanda ("um dos lugares favoritos onde já estive) e África do Sul.

A África não recebe uma corrida de F1 desde o GP da África do Sul de 1993, mas o chefe-executivo da principal categoria do automobilismo, Stefano Domenicali, planeja se reunir com representantes de Ruanda, que fizeram uma proposta "séria".

"Queremos ir à África, mas precisamos do investimento necessário e de um plano estratégico adequado", explicou Domenicali ao portal Motorsport.com.

"Ruanda apresentou um bom projeto em um circuito permanente e marcamos uma data para conversar no final de setembro", revelou o dirigente.

Marrocos foi o primeiro país africano a receber um GP de F1: uma única vez, em 1958, em Ain Diab, perto de Casablanca.

Continua após a publicidade

A África do Sul organizou 23 corridas, as três primeiras entre 1962 e 1965, em East London (costa leste), e outras 20 entre 1967 e 1993, no circuito de Kyalami, perto de Joanesburgo.

O Ruanda, país de 13 milhões de habitantes cuja história é marcada pela tragédia do genocídio de 1994, vem fazendo altos investimentos no esporte nos últimos anos, inclusive assinando acordos de patrocínio com os clubes de futebol Arsenal (Inglaterra) e Paris Saint-Germain (França), que exibiam o slogan "Visit Rwanda" em suas camisas.

O pequeno país africano também foi designado para sediar o Campeonato Mundial de Ciclismo em Estrada de 2025.

O presidente Paul Kagame vê estes investimentos como uma forma de diversificar a economia e melhorar a imagem do país internacionalmente, enquanto os seus detratores acreditam que os gastos servem principalmente para desviar a atenção enquanto ONGs regularmente o acusam de silenciar a oposição.

ric/nr/dr/iga/cb/dd

© Agence France-Presse

Deixe seu comentário

Só para assinantes