TPI arquiva investigação contra ex-líder do Hamas que foi morto por ataque atribuído a Israel

O Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia informou nesta sexta-feira (6) que arquivou a investigação contra o ex-líder do movimento islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, que morreu em 31 de julho no Irã em um ataque com explosivos atribuído a Israel.

O promotor do TPI, Karim Khan, havia solicitado em maio ao tribunal a emissão de mandados de prisão em desfavor de Haniyeh e outros altos comandantes do Hamas, do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

No entanto, o promotor retirou o pedido contra o chefe do Hamas em 2 de agosto "devido à mudança de circunstâncias causada pela morte do Sr. Haniyeh", informou o TPI em um comunicado.

"Consequentemente, o procedimento contra Ismail Haniyeh é dado por concluído", acrescentou o tribunal.

Haniyeh, Mohammed Deif, chefe do braço militar do Hamas, e Yahya Sinwar, foram acusados pelo Khan de crimes de guerra em Gaza e em Israel durante o ataque dos islamistas em 7 de outubro

Haniyeh morreu em Teerã em um ataque com explosivos atribuído a Israel, mas que não foi reivindicado. O Hamas designou Sinwar, que era o chefe do movimento em Gaza, como seu substituto.

Israel informou que Deif foi abatido em um bombardeio no sul de Gaza em 13 de julho.

Netanyahu e Gallant são acusados de crimes de guerra como "matar deliberadamente de fome civis", "homicídio intencional" e "extermínio e/ou assassinato".

O conflito em Gaza teve início em 7 de outubro, quando um ataque de combatentes do Hamas em Israel provocou a morte de 1.205 pessoas, em sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.

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Os combatentes islamistas também sequestraram 251 pessoas, das quais 97 continuam em cativeiro em Gaza e 33 morreram, segundo o Exército israelense.

Em resposta ao ataque, Israel lançou uma vasta retaliação de bombardeios que já causou 40.878 mortes no território palestino, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

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© Agence France-Presse

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