Wall Street modera efeito das tensões geopolíticas e limita perdas
A Bolsa de Nova York limitou suas perdas nesta terça-feira (1º) após uma reação inicial forte ao ataque iraniano contra Israel.
No primeiro dia do trimestre, depois de um terceiro trimestre positivo para o maior mercado de ações do mundo, o Dow Jones caiu 0,41%, o Nasdaq, focado em tecnologia, recuou 1,53% e o S&P 500 perdeu 0,93%.
O Irã disparou dezenas de mísseis contra Israel na terça-feira. Segundo a Guarda Revolucionária, exército ideológico do Irã, o ataque foi uma resposta à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na semana passada, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho.
Na área de Tel Aviv, os serviços de emergência relataram duas pessoas com ferimentos leves. Na Cisjordânia ocupada, um palestino morreu em Jericó devido aos fragmentos de um míssil derrubado, informaram as autoridades à AFP.
Para Karl Haeling, da LBBW, a queda em Wall Street se deveu principalmente a "preocupações com um cenário de conflito mais amplo entre Israel e Irã".
Após o ataque iraniano, o mercado se recuperou ao considerar que a ofensiva foi mais limitada do que o esperado.
"Nem Israel nem o Irã querem uma guerra", argumentou o analista, descrevendo o ataque como uma "resposta simbólica".
As ações do setor de defesa estavam entre as mais procuradas do dia, como Lockheed-Martin (+3,64%) e Raytheon (+2,67%). As petrolíferas também subiram, como ExxonMobil (+2,31%) e Chevron (+1,65%).
Os investidores aproveitaram ainda para realizar lucros após um trimestre de alta, com o movimento concentrado no Nasdaq, especialmente entre gigantes da tecnologia como Microsoft (-2,33%), Nvidia (-3,66%) e Broadcom (-2,92%).
A Apple também recuou (-2,91%) após comentários de analistas do Barclays que indicaram que a empresa reduziu suas compras de chips para o iPhone 16 de um fornecedor em Taiwan, sugerindo que a demanda pelo novo produto é menor do que o esperado.
Wall Street reagiu pouco ao início da greve dos estivadores nos grandes portos do leste e sudeste dos Estados Unidos nesta terça-feira.
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© Agence France-Presse
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