EUA impõe novas sanções a partidários do Hamas

Os Estados Unidos impuseram, nesta segunda-feira (7), novas sanções a vários indivíduos e a uma "organização beneficente fictícia", por considerar que apoiam financeiramente o Hamas, no aniversário do ataque desse grupo islamista palestino em Israel. 

Em 7 de outubro do ano passado, militantes do Hamas lançaram um ataque em Israel que matou 1.206 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. 

Desde o ataque, os Estados Unidos emitiram uma série de sanções, algumas delas em coordenação com seus aliados, contra funcionários do Hamas e quem supostamente facilita o financiamento do grupo. 

"O Tesouro continuará enfraquecendo implacavelmente a capacidade do Hamas e de outros representantes desestabilizadores iranianos para financiar suas operações e realizar novos atos violentos", declarou a secretária do Tesouro, Janet Yellen. 

Entre os sancionados estão Hamid Abdullah Hussein al-Ahmar, do Iêmen, e nove entidades ligadas a ele, assim como vários angariadores de fundos baseados na Europa, incluindo Mohamad Hanun, da Itália, Majed al-Zeer, da Alemanha, e Adel Dughman, da Áustria.

Nesta segunda-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA denunciou o uso de "organizações fictícias de fachada que alegam falsamente ajudar os civis em Gaza" quando, na verdade, apoiam o Hamas.

"Até o início de 2024, o Hamas poderia ter recebido até US$ 10 milhões (54,62 milhões de reais) por mês por meio de tais doações", disse o Tesouro, acrescentando que a Europa é considerada uma fonte fundamental de arrecadação de fundos para o grupo.

O alvo também foi o Al Intaj Bank, que é acusado de financiar operações domésticas e "contornar as sanções internacionais operando fora do sistema financeiro internacional".

Em declarações separadas na segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata à Casa Branca, lamentaram o ataque de 7 de outubro do Hamas, mas também os civis palestinos mortos na operação israelense subsequente.

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Mais de 41.909 palestinos, em sua maioria civis, foram mortos na campanha militar de Israel na Faixa de Gaza desde o início da guerra.

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© Agence France-Presse

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