EUA sanciona empresas chinesas ligadas à fabricação de drones russos usados na Ucrânia

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (17), sanções contra empresas com sede na China vinculadas à produção dos drones que a Rússia tem utilizado em sua ofensiva militar na Ucrânia.

Essas são as primeiras medidas tomadas por Washington contra companhias chinesas "que desenvolvem e produzem diretamente sistemas completos de armamento em colaboração com empresas russas", informou o Departamento do Tesouro americano.

"Foi a primeira vez que realmente vimos uma empresa chinesa fabricando ela mesma uma arma que depois foi utilizada no campo de batalha pela Rússia", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

"É por isso que continuamos trabalhando com nossos aliados e parceiros em todo o mundo para deixar claro à China que essa prática é inaceitável e que devem tomar medidas para combatê-la", acrescentou.

A decisão do Departamento do Tesouro aponta para três empresas - duas da China e uma da Rússia - e um cidadão russo, pelo envolvimento no desenvolvimento e fabricação de aeronaves não tripuladas russas de ataque de longo alcance da série Garpiya.

Segundo o departamento, esses drones foram "desenhados e desenvolvidos por" especialistas sediados na China e são produzidos em fábricas desse país asiático em colaboração com empresas de defesa russas. Depois são transferidos para a Rússia para uso contra a Ucrânia.

"A Rússia depende cada vez mais da experiência de profissionais estrangeiros e da importação de tecnologias sofisticadas para manter seu programa de armamento e avançar em sua campanha militar contra a Ucrânia", declarou o subsecretário interino do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira, Bradley Smith.

As duas empresas sancionadas na China são Xiamen Limbach Aircraft Engine Co. e Redlepus Vector Industry Shenzhen Co. Também foram incluídos a companhia russa Trading House Vector e o cidadão Artem Mikhailovich Yamshchikov.

Sanções anteriores dos Estados Unidos já haviam afetado firmas chinesas que forneciam componentes para empresas russas, peças que posteriormente eram utilizadas na fabricação de armas.

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© Agence France-Presse

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