Wall Street fecha sem tendência definida e com novo recorde do Nasdaq

A inflação de 12 meses voltou a subir em novembro nos Estados Unidos, pelo segundo mês consecutivo.

O índice de preços ao consumo aumentou 2,7% em um ano até novembro, contra 2,6% em outubro, informou o Departamento de Trabalho nesta quarta-feira.

Na comparação mês a mês, o aumento dos preços ao consumo foi de 0,3% sobre outubro. Esse dado também é superior à variação de setembro para outubro, que foi de 0,2%.

Ambas as cifras estão dentro das expectativas dos analistas, segundo o consenso do Market Watch.

"Isso dá ao Fed [banco central dos EUA] uma maior margem de manobra para continuar [...] reduzindo suas taxas [de juros de referência] e permite que a economia cresça sem a ameaça de um retorno da inflação, o que é bom para os lucros e as ações", afirmou Sarhan.

Quase 95% dos entrevistados esperam que o Fed reduza suas taxas em um quarto de ponto percentual durante sua reunião na próxima semana, segundo a firma especializada CME Group.

Wall Street também aguarda os dados de preços no atacado e a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira.

"As ações das grandes capitalizações e dos fabricantes de chips sustentaram o mercado", apontou em uma nota Patrick O'Hare, da Briefing.com.

Os gigantes dos semicondutores brilharam. Nvidia (+3,12%), Micron (+4,03%) e AMD (+1,91%) tiveram altas.

A Broadcom disparou 6,57% após informações de imprensa indicarem que a empresa está trabalhando com a Apple no desenvolvimento de um chip para inteligência artificial.

A Alphabet, matriz do Google, subiu 5,46% após anunciar nesta quarta-feira o lançamento do Gemini 2.0, uma nova família de modelos de inteligência artificial (IA) generativa.

A Tesla disparou para seu nível recorde e subiu 5,93%.

ni/mr/nn/am

© Agence France-Presse