Mulher palestina morre baleada no acampamento de refugiados de Jenin
Uma jovem palestina morreu na manhã deste domingo (29), vítima de um disparo, no acampamento de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, e a sua família culpa as forças da Autoridade Palestina pela sua morte.
Shatha Sabbagh, uma estudante de jornalismo de cerca de 20 anos e muito ativa nas redes sociais, morreu com um tiro na cabeça.
As forças de segurança da Autoridade Palestina, que governa parcialmente a Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, condenaram neste domingo "com maior firmeza este crime perpetrado por criminosos".
No entanto, a família da vítima insiste que os agentes da polícia da Autoridade Palestina são diretamente responsáveis.
A jovem morreu depois de ser "baleada por um atirador das forças de segurança da Autoridade Palestina, um crime abjeto", disse a família em comunicado publicado neste domingo.
Shatha Sabbagh estava "em um bairro bem iluminado, longe dos combates", observaram seus parentes.
Os confrontos entre milicianos palestinos e as forças de segurança da Autoridade Palestina, lideradas pelo presidente Mahmoud Abbas, aumentaram e isso levou a várias mortes na área de Jenin nas últimas semanas.
Desde 5 de dezembro foram registradas 11 mortes, sendo cinco policiais e seis civis.
O movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, também denunciou as ações dos seus rivais na Autoridade Palestina em um comunicado, no qual alude a "um ato criminoso que se soma ao histórico sombrio desta equipe de segurança, que já cometeu assassinatos, prisões e maus-tratos".
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos apelou à criação de uma comissão de investigação independente para esclarecer as circunstâncias da morte da jovem.
Os confrontos somam-se ao aumento da violência na Cisjordânia relacionada com o conflito palestino-israelense desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
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© Agence France-Presse
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