Governo da Colômbia exclui líder do Clã do Golfo das negociações de paz
O governo colombiano reverteu a decisão inicial de incluir o atual líder do Clã do Golfo, Jobanis de Jesús Ávila, como negociador de paz, anunciou nesta terça-feira (31) o coordenador da sua delegação.
O presidente Gustavo Petro assinou, na sexta-feira, uma resolução para "excluir como representantes" do grupo nas negociações de paz Ávila, conhecido pelo pseudônimo "Chiquito Malo", junto com outros dois líderes, segundo um documento divulgado pela imprensa local cuja autenticidade foi confirmada por Álvaro Jiménez, delegado do governo para as discussões, em entrevista à Rádio Caracol nesta terça-feira.
"Chiquito Malo" é considerado o líder máximo do principal grupo de tráfico de drogas de origem paramilitar que hoje se autodenomina Exército Gaitanista da Colômbia. Ele é o substituto de Dairo Antonio Úsuga, conhecido como "Otoniel", após sua captura e posterior extradição para os Estados Unidos em 2022.
Com a resolução, "espera-se que em 2025 possamos passar a uma fase pública de instalação de uma mesa" de negociações de paz com o Clã com vistas ao "fim da sua existência", assegurou Jiménez.
Três dos seis negociadores inicialmente propostos por Petro em julho continuarão à mesa, segundo a nova resolução.
"Consideramos que é suficiente com as três pessoas habilitadas", assegurou, uma vez que os três líderes excluídos são alvos de "ordens de prisão que têm por finalidade a extradição", o que poderia dificultar o processo.
Petro, o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, pretende desativar, por meio do diálogo, a guerra interna entre guerrilheiros, paramilitares, traficantes de drogas e agentes estatais.
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© Agence France-Presse
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