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Por que Nepal suspendeu voos de helicópteros na região do Everest

O Monte Everest é o pico mais alto do mundo e um dos lugares mais isolados do planeta Imagem: Reprodução

06/01/2025 11h20

As companhias aéreas nepalesas decidiram suspender os voos de helicóptero na região do Everest até novo aviso devido ao seu impacto no meio ambiente e nos montanhistas, anunciaram as autoridades nesta segunda-feira (6).

Devido à falta de estradas transitáveis, os helicópteros são um meio de transporte essencial nos vales e encostas do Himalaia, especialmente em caso de emergência.

No entanto, com o aumento do turismo no Himalaia, as viagens de helicóptero dispararam nos últimos anos, especialmente no Parque Nacional Sagarmatha, que abriga o pico mais alto do mundo.

Por mil dólares (6.155 reais na cotação atual), um helicóptero pode levar turistas ao acampamento-base do Everest, evitando um percurso a pé que costuma durar quinze dias.

Segundo a AOAN (Associação de Operadores Aéreos do Nepal), existem em média quinze voos diários deste tipo, podendo chegar a sessenta em alta temporada. Um número que as autoridades do parque consideram excessivo.

"É uma área geologicamente muito sensível, os voos de helicóptero em baixa altitude perturbam o meio ambiente e o emprego, porque mantêm os montanhistas afastados", disse à AFP Sushma Rana, responsável do parque.

Como consequência, a AOAN decidiu pôr fim a estes voos.

"Suspendemos todos os voos na região do Everest até que o governo garanta a segurança dos pilotos e um local para pousos de emergência", disse à AFP o vice-presidente da organização, Pratap Jung Pandey.

Mais de 50.000 turistas visitam a região do Everest todos os anos.

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